Ementa
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Economia:
noções fundamentais do problema econômico para utilização racional dos fatores.
·
Teoria
microeconômica.
·
Teoria
do mercado: oferta x procura e elasticidade.
·
Teoria
do consumidor: utilidade e satisfação.
·
Teoria
da produção: total, médio e marginal.
·
Relações
monetárias na produção: produção física, máxima x produção ótima econômica.
·
Teoria
macroeconômica: política monetária e fiscal. Inflação, salários e os preços.
·
Gestão
de investimentos.
Bibliografia
Básica
HIRSCHFELD,
H.. Engenharia Econômica e Análise de Custos. São Paulo: Atlas, 2000.
SOUZA,
N.L. Curso de Economia. São Paulo: Atlas, 2003.
VASCONCELLOS,
M.A. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2003.
Bibliografia
Complementar
BRUSTEIN,
I. Economia de Empresas: Gestão Econômica de Negócios. São Paulo: Atlas, 2003.
CORREA,
Henrique Luiz. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II, ERP:
conceitos, uso e implantação, base para SAP, Oracle Applications e outros Softwares
Integrados de Gestão. São Paulo: Atlas, 2009.
IUDICIBUS,
Sérgio de. Curso de contabilidade para não contadores: para as áreas de Administração,
Economia, Direito e Engenharia. São Paulo : Atlas, 2008.
TUBINO,
Dalvio Ferrari. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. São
Paulo: Atlas, 2009
ROSSETTI,
J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2000.
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Para começar precisamos primeiro conceituar o que é mercado. Não estou falando daquele lugar aonde se compra comida, bebidas dentre outras coisas. Mercado será tratado aqui como o lugar aonde as empresas vendem seus produtos e os consumidores os compram, ou seja, o meio aonde acontece às relações comerciais.
Para entender melhor um pouco sobre os tipos de mercado devemos entender o porquê de haver diversos tipos de mercado. O que movem as empresas? O que estipula os preços dos produtos? O que levam as empresas a entrar em determinado mercado?
Podemos dizer que a resposta destas perguntas é uma única palavra: A concorrência!
A concorrência é a disputa ou competição de várias empresas que atuam no mesmo segmento ou setor para poder chamar a atenção do cliente e assim conseguir o prêmio: lucro. Vamos aqui falar sobre os dois principais tipos de concorrência:
Concorrência perfeita: é quando há um numero grande de empresas que vendem para um número grande de consumidores. Por haver diversas opções, os consumidores tem o poder de escolher o produto/serviço que mais lhe convém, enquanto a empresa é obrigada a trabalhar em sintonia de qualidade e preço com as outras empresas concorrentes.
Concorrência imperfeita: é quando um pequeno grupo de empresas ou consumidores tem o poder de influenciar os preços dos produtos/serviços por não haver disponibilidade suficiente no mercado para toda a demanda.Cartel
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Fundamentos de Economia e Administração
Reoperação de Conceitos do Semestre
Eixos Temáticos
Mercado é o lugar aonde as empresas vendem seus produtos e os consumidores os compram, ou seja, o meio aonde acontece às relações comerciais. Para entender melhor sobre os tipos de mercado devemos entender o porquê de haver diversos tipos de mercado. O que movem as empresas? O que estipula os preços dos produtos? O que levam as empresas a entrar em determinado mercado? Podemos dizer que a resposta destas perguntas é uma única palavra:
A concorrência é a disputa ou competição de várias empresas que atuam no mesmo segmento ou setor para poder chamar a atenção do cliente e assim conseguir o prêmio: lucro. Vamos aqui falar sobre os dois principais tipos de concorrência:
Concorrência perfeita: é quando há um numero grande de empresas que vendem para um número grande de consumidores. Por haver diversas opções, os consumidores tem o poder de escolher o produto/serviço que mais lhe convém, enquanto a empresa é obrigada a trabalhar em sintonia de qualidade e preço com as outras empresas concorrentes.
Concorrência imperfeita: é quando um pequeno grupo de empresas ou consumidores tem o poder de influenciar os preços dos produtos/serviços por não haver disponibilidade suficiente no mercado para toda a demanda.
Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nivel alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
Monopólio: Situação em que um setor do mercado com múltiplos compradores é controlado por um único vendedor de mercadoria ou serviço, tendo capacidade de afetar o preço pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto para aumentar a margem de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes e que barateiam o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal Petrobrás era a única com permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo até 1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas privadas no setor.
Oligopólio: É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou serviço, que tem vários compradores, é controlada por pequeno grupo de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se interdependentes e guiam suas políticas de produção de acordo com a política das demais empresas por saberem que, em setores de pouca concorrência, a alteração de preço ou qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha diplomática ou uma competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento do adversário para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a variar no nível mais alto. Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o automobilístico e o de fumo.
Holding: Forma de organização de empresas que surge depois de os trustes serem postos na ilegalidade. Consiste no agrupamento de grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma designação dada às empresas que abrem seu capital e emitem ações que são negociadas em bolsa de valores. Neste caso, a maioria das ações de cada uma delas é controlada por uma única empresa, a holding. A ação das holdings no mercado é semelhante a dos trustes. Uma holding geralmente é formada para facilitar o controle das atividades em um setor. Se ela tiver empresas que atuem nos diversos setores de um mercado como o da produção de eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas fatias desse mercado e adquire condições de dominar seu funcionamento.
Dumping: Prática comercial que consiste em vender um produto ou serviço por um preço irreal para eliminar a concorrência e conquistar a clientela. Proibida por lei, pode ser aplicada tanto no mercado interno quanto no externo. No primeiro caso, o dumping concretiza-se quando um produto ou serviço é vendido abaixo do seu preço de custo, contrariando em tese um dos princípios fundamentais do capitalismo, que é a busca do lucro. A única forma de obter lucro é cobrar preço acima do custo de produção. No mercado externo, pratica-se o dumpíng ao se vender um produto por preço inferior ao cobrado para os consumidores do país de origem. Os EUA acusam o Japão de praticar dumping no setor automobilístico.
Truste
Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de intluència sobre o mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1852 nos ELIA. e o temor de que adquirissem poder muito cirande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis anhtrustes. como a Lei Shemian, aprovada pelos norte-americanos em 1890.
5- Cartel x Oligopólio
Eixos Temáticos
1- Liberalismo x Protecionismo Econômico
2- Sustentabilidade x Capitalismo
3- Inclusivista e Exclusivista (SIstema Econômico) Liberalismo econômico
4- Tipos de Concorrência em estruturas do mercado
5- Cartel x Oligopólio
6- Mercado Maduro x Consciência de Consumo
7- Demanda x Oferta
8- Valorização x Valoração
9- Branding x Vendas
10- Sociedade de Consumo
11- Distúrbios do Sistema
12- Globalização
13- Macroeconomia x Microeconomia
14- Setores Econômicos
15 - Manipulação Midiática x Alienação Educacional
16- Ciclo Vicioso x Ciclo Virtuoso
17- Lógica de Produção x Lógica de Recepção
18- Economia Normativa x Economia Positiva
19- Bens Tangíveis x Bens Intangíveis
20- Commodities x Bolsa de Valores x BSC
21- Alta Tecnológica x Altíssima Competitividade
22- Lucro x Lucratividade
23- Modelos/ferramentas de Gestão
1- Liberalismo x Protecionismo Econômico
Pelo liberalismo, ao Estado cabe apenas a manutenção da lei e da ordem. Ele não cuida nem da economia, nem do comércio. No protecionismo, o Estado tem função ativa no comércio, promove barreiras às importações.
Liberalismo Econômico é a ideologia de que estado não deve intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos. classes ou nações. O liberalismo defende o livre uso. da parte de cada individuo ou membro de uma sociedade. de sua propriedade. sendo partidário da livre-empresa, em oposição ao socialismo e ao dirigismo.
2- Sustentabilidade x Capitalismo
O mundo capitalista passa por muitas transformações, e principalmente no seu modo operacional. No princípio, tínhamos um sistema que pouco se importava com os danos causados nas relações sociais e ambientais. Esse modelo se arrastou por muitos anos, com pensamento predominante de obter o lucro acima de tudo, e a exploração extrema da natureza, devido ao fato de acreditarem na capacidade infinita da natureza em prover insumos para sua produção. Contudo, verificou-se que esse modelo era insustentável, tanto para as relações sociais quanto ambientais, e a força da destruição causada por anos de descaso se voltou contra o modelo. Veremos, nesse trabalho, que a natureza protagoniza inúmeras catástrofes mundo a fora em, grosso modo, retaliação ao maus tratos recebido. Ainda, concernente ao pensamento do capitalismo clássico, temos o crescimento da violência e criminalidade como conseqüência da falta de comprometimento do modelo com o ser humano. As relações sociais trabalhista eram a mais degradante possível, não concebendo dignidade ao trabalhador nem respeito pela sua condição humana. A proposta desse trabalho, é mostrar que essa visão míope começa a mudar no século dezenove e ganha força nos séculos seguintes, com diversas ações de organismos preocupados com a continuidade da vida na terra.
3- Inclusivista e Exclusivista (SIstema Econômico) Liberalismo econômico
A abrangência da exclusão social, no âmbito internacional, tem tomado enormes proporções, o que a torna algo "disfuncional" ao sistema. No discurso das classes dominantes, os próprios indivíduos são culpabilizados pela sua exclusão do sistema, e as sociedades periféricas são consideradas as principais responsáveis pela sua situação de "atraso". A "incompetência e corrupção das elites" são consideradas, pelos novos teóricos da modernização, como a principal explicação para a situação de dependência dos países periféricos. Evidentemente que estes problemas existem, mas o que se quer salientar aqui é que uma conseqüência transforma-se em causa, encobrindo as reais determinações estruturais da crescente situação de exclusão social: as contradições da acumulação capitalista.
A noção de globalidade remete a conjunto, integralidade, totalidade. A palavra 'global' carrega consigo esse mesmo sentido de conjunto, inteiro, total. Sugere, portanto, integração. Desse modo, ou por esse meio, o uso do termo 'global' supõe ou leva a supor que o objeto ao qual ele é aplicado é, ou tende a ser integral, integrado, isto é, não apresenta quebras, fraturas, ou hiatos. Globalizar, portanto, sugere o oposto de dividir, marginalizar, expulsar, excluir. O simples emprego de 'globalizar' referindo- se a uma realidade que divide, marginaliza, expulsa e exclui, não por acidente ou casualidade, mas como regularidade ou norma, passa por cima desta regularidade ou norma, dificultando a sua percepção e mesmo omitindo-a. Consciente e deliberadamente, ou não, a utilização da palavra nestas condições tem exatamente tal eficácia.
4- Tipos de Concorrência em estruturas do mercado
A concorrência é a disputa ou competição de várias empresas que atuam no mesmo segmento ou setor para poder chamar a atenção do cliente e assim conseguir o prêmio: lucro. Vamos aqui falar sobre os dois principais tipos de concorrência:
Concorrência perfeita: é quando há um numero grande de empresas que vendem para um número grande de consumidores. Por haver diversas opções, os consumidores tem o poder de escolher o produto/serviço que mais lhe convém, enquanto a empresa é obrigada a trabalhar em sintonia de qualidade e preço com as outras empresas concorrentes.
Concorrência imperfeita: é quando um pequeno grupo de empresas ou consumidores tem o poder de influenciar os preços dos produtos/serviços por não haver disponibilidade suficiente no mercado para toda a demanda.
Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nivel alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
Monopólio: Situação em que um setor do mercado com múltiplos compradores é controlado por um único vendedor de mercadoria ou serviço, tendo capacidade de afetar o preço pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto para aumentar a margem de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes e que barateiam o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal Petrobrás era a única com permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo até 1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas privadas no setor.
Oligopólio: É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou serviço, que tem vários compradores, é controlada por pequeno grupo de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se interdependentes e guiam suas políticas de produção de acordo com a política das demais empresas por saberem que, em setores de pouca concorrência, a alteração de preço ou qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha diplomática ou uma competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento do adversário para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a variar no nível mais alto. Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o automobilístico e o de fumo.
Holding: Forma de organização de empresas que surge depois de os trustes serem postos na ilegalidade. Consiste no agrupamento de grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma designação dada às empresas que abrem seu capital e emitem ações que são negociadas em bolsa de valores. Neste caso, a maioria das ações de cada uma delas é controlada por uma única empresa, a holding. A ação das holdings no mercado é semelhante a dos trustes. Uma holding geralmente é formada para facilitar o controle das atividades em um setor. Se ela tiver empresas que atuem nos diversos setores de um mercado como o da produção de eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas fatias desse mercado e adquire condições de dominar seu funcionamento.
Dumping: Prática comercial que consiste em vender um produto ou serviço por um preço irreal para eliminar a concorrência e conquistar a clientela. Proibida por lei, pode ser aplicada tanto no mercado interno quanto no externo. No primeiro caso, o dumping concretiza-se quando um produto ou serviço é vendido abaixo do seu preço de custo, contrariando em tese um dos princípios fundamentais do capitalismo, que é a busca do lucro. A única forma de obter lucro é cobrar preço acima do custo de produção. No mercado externo, pratica-se o dumpíng ao se vender um produto por preço inferior ao cobrado para os consumidores do país de origem. Os EUA acusam o Japão de praticar dumping no setor automobilístico.
Truste
Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de intluència sobre o mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1852 nos ELIA. e o temor de que adquirissem poder muito cirande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis anhtrustes. como a Lei Shemian, aprovada pelos norte-americanos em 1890.
5- Cartel x Oligopólio
Oligopólio não é cartel por GESNER OLIVEIRA
Corno as notícias foram boas em relação à inflação nesta semana. é possível respirar um pouco e discutir temas microeconômicos como os tão falados. mas pouco conhecidos. oligopólios. Muita gente pensa que oligopólio é sinônimo de cartel, mas trata-se de dois conceitos distintos. O oligopólio constitui uni regime específico de mercado, caracterizado pela presença de poucas empresas. E uma situação intermediária entre o monopólio -no qual há apenas uma empresa- e o mercado competitivo -com um número muito grande de participantes. Não é crime ser oligopolista. A exemplo daquilo que ocorre em vários outros países. os oligopólios respondem pela maior parcela da produção brasileira. Em contraste. o cartel constitui uma combinação entre agentes do mercado para aumentar preços. boicotar um concorrente efetivo ou potencial, dividir mercados ou fazer tudo isso ao mesmo tempo. Como já foi lembrado nesta coluna, o próprio Adam Smith, pai do liberalismo econômico, alertou para a frequência e o risco do fenômeno em "Riqueza das Nações". ao afirmar que. "quando pessoas do mesmo ramo de negócios se encontram, mesmo para fins de lazer e diversão. a conversa termina em conspiração contra o interesse público mediante alguma forma de aumento de preços". Cartel é crime contra a ordem econômica. Trata-se de interferência no mecanismo de mercado que reduz o bem-estar da sociedade. Sua ocorrência é mais provável quando há poucas empresas no mercado, comparativamente a uma situação em que há muitos competidores. No entanto a jurisprudência antitruste contém exemplos de cartéis organizados por dezenas de empresas! Mesmo profissionais liberais podem, com ou sem a coordenação de suas respectivas associações de classe, cometer prática de cartel. Não é fácil formar e muito menos manter um cartel. Alguns fatores ajudam. Mercados com poucas empresas, condições de demanda e tecnologia relativamente estáveis, relativa uniformidade dos custos dos participantes e possibilidade de monitoramento do acordo para evitar traições constituem elementos facilitadores do cartel. Não é fácil flagrar e punir um cartel. As condições mencionadas estão presentes em inúmeros mercados. Seria absurdo presumir, com base apenas nesse fato, que esteja ocorrendo um cartel. Tampouco basta verificar que os preços das empresas concorrentes são similares ou se movem de forma semelhante para concluir que esteja ocorrendo uma ação cartelizada. No passado, o governo iniciou uma série de processos com acusações genéricas de cartelização sem nenhum efeito prático, mas com elevado custo para a máquina administrativa e sobretudo para a segurança jurídica. A interação estratégica entre empresas oligopolistas admite diversos resultados, requerendo análise econômica minuciosa antes de concluir apressadamente pela ocorrência de indícios de infração. Da mesma forma, o respeito ao devido processo legal e a obtenção de provas exigem sofisticação jurídica. A atual administração está correta ao atribuir importância ao combate aos cartéis e procurar meios de aperfeiçoamento da legislação atual, em particular em relação aos chamados acordos de leniência. Mas, para isso, será imprescindível equipar os órgãos competentes dos ministérios da Justiça e da Fazenda com os recursos materiais e humanos necessários para cumprir tal missão.
6- Mercado Maduro x Consciência de Consumo
O amadurecimento das experiências, a evolução da comunicação horizontal, e o desconforto existencial predominante na sociedade atual exigem missões organizacionais que considerem a condição da natureza humana e suas necessidades, buscando adaptar a sociedade as necessidades do homem e não o contrário. Os processos alienantes que se desenvolvem na maioria das relações no mundo atual, podem e devem ser observados pelas empresas como oportunidades de transformação, visto os graus de insatisfação que começam a ser apontados no próprio ato de consumo alienado. O marketing atual está relacionado a mudanças, não só de valores, mas da maneira como os consumidores fazem as coisas na vida, acrescentando realidade e humanidade nas relações e processos pessoais e sociais, “quando a economia da experiência amadurece, está na hora de surgir a economia da transformação... em que a oferta de uma empresa é uma experiência que transformará a vida do consumidor” (PINE e GILMORE, In: KOTLER, 2010: 65). Convivemos ainda com organizações e profissionais que vêem nas causas sociais uma oportunidade de explorar ações de marketing ilusórias buscando sensibilizar consumidores e criar necessidades novas sem efeito. Nos mercados imaturos ainda predomina uma visão limitada dos reais potenciais humanos. Na era do conhecimento a popularidade se dará por vertentes mais autênticas e eficientes, na qual a exploração permitida será a da criatividade, compartilhando experiências reais nos canais conjuntos de comunicação. Nessa nova era será fortalecido no consumidor sua autonomia para inovar, criar e cocriar com as organizações, em processos que excitem sua humanidade e suas potencialidades humanas. Nessa nova concepção, “criar transformação é a forma definitiva de marketing para o mercado maduro”. (KOTLER, 2010: 145)
12- Globalização
A globalização primeiramente se refere à rede de produção e troca de mercadorias que se estabelece em nível mundial. Também designa o fenômeno do intercâmbio político, social e cultural entre as diversas nações, atualmente intensificado pelas profundas transformações decorrentes da aplicação das inovações científicas e tecnológicas na área da comunicação. Ela é concebida, por muitos de seus ideólogos, como um novo patamar civilizatório e como um processo inexorável. Representaria também uma nova forma de organização das sociedades, capaz de superar as identidades nacionais e os particularismos, religiosos, étnicos e regionais. No entanto, de forma contraditória, ressurgem com força inusitada, em vários locais do planeta, diversas manifestações fundamentalistas, racistas e terroristas que a humanidade considerava quase superados.
Globalização é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os paises e as pessoas do mundo todo. Através deste processo. as pessoas. os governos e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto. pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões. que deixam as distàncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.
Globalização é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os paises e as pessoas do mundo todo. Através deste processo. as pessoas. os governos e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto. pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões. que deixam as distàncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.
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Consumidor, concorrente e fornecedor conheça os diferentes tipos de mercado
verscontabilidade.com.br
Não basta ter o sonho de abrir um negócio e decidir qual será a atividade desenvolvida por ele. Para conseguir lançar-se como empresário, é preciso trilhar um longo caminho que envolve, principalmente, muita pesquisa sobre o mercado no qual você pretende se inserir. Todo o cuidado é pouco: segundo uma pesquisa do IBGE realizada em 2012, 48% das empresas brasileiras fecham as portas depois de 3 anos. A pesquisa de mercado ajudará a entender não o ecossistema do seu nicho, mas também as chances de sucesso de seu novo empreendimento.
Existem diferentes categorias de mercado? Saberia definir um mercado consumidor, um concorrente ou ainda um fornecedor? Para desempenhar com sucesso seu novo papel de empreendedor, estes são conceitos vitais que você precisa conhecer.
Mercado Consumidor
Este mercado representa o conjunto de consumidores (homens, mulheres, adultos, crianças, empresas públicas ou privadas) que comprarão suas mercadorias ou utilizarão os serviços prestados pelo seu negócio.
O cliente é a alma de qualquer empreendimento. É por esta razão que conhecer e levantar dados sobre o público da sua empresa é tão importante. O estudo do mercado consumidor é essencial para o sucesso do seu negócio, uma vez que envolve as informações necessárias para identificar seus potenciais compradores. Através da pesquisa deste tipo de mercado, é possível saber o que produzir, qual é o local adequado para a venda, como vender e qual é a provável demanda para o produto ou serviço.
Mercado Fornecedor
O mercado fornecedor é indispensável para que uma empresa se mantenha atuando e prosperando. Ele é composto pelos fornecedores que oferecem matéria-prima, equipamentos, embalagens e outras mercadorias necessárias para o funcionamento da empresa.
A pesquisa de fornecedores pode ser feita através de catálogos, listas telefônicas, revistas especializadas e, cada vez com mais frequência, de portais da Internet. Outra estratégia interessante para conhecer fornecedores é comparecer a feiras e exposições do ramo: esses eventos geralmente são ótimas fontes de informação sobre as novidades do mercado.
Mercado Concorrente
O mercado concorrente é formado pelas empresas que oferecem produtos ou serviços idênticos ou similares aos seus. É muito importante conhecer os concorrentes (diretos ou indiretos), seus diferenciais, público, produtos e serviços, valores, estratégias… Fazer uma pesquisa completa do mercado concorrente certamente auxiliará na compreensão do estágio em que seu mercado se encontra, assim como no desenvolvimento de estratégias eficazes. Nunca pense que concorrência seja algo ruim, ela pode ser estimulante, impulsionando a economia e o crescimento dos empreendimentos.
Caso tenha esta opção, é interessante atuar onde ainda não existem ofertas do seu segmento. Por outro lado, se existe mercado concorrente, busque implementar diferenciais e aspectos personalizados à sua empresa, destacando-a das outras que oferecem produtos\serviços semelhantes. Não se esqueça de pesquisar detalhes como preço, qualidade, acabamento, durabilidade, embalagem, qualidade no atendimento, funcionalidade e forma de apresentação da mercadoria.
Saber mapear com clareza estas três divisões de mercado certamente é característica dos grandes nomes do empreendedorismo. Realizar estudos dentro de cada vertente, entender a relação mútua entre consumidores, concorrentes, fornecedores e sua empresa são ações importantes que o ajudarão a consolidar seu negócio.
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ECONOMIA
APLICADA À ENGENHARIA
Sistemas
Econômicos
01. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
Origem Etimológica: do grego oikos (casa) e nomos (norma/lei).
“ADMINISTRAÇÃO DA CASA ” ou ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS E
ESCASSOS
ESCASSEZ
= LIMITAÇÃO DE
RECURSOS EM TERMOS DE QUANTIDADE DISPONÍVEL PARA USO IMEDIATO.
“a sociedade precisa gerenciar
bem seus recursos”
Objetivo
da Administração dos Recursos
Atender uma série de necessidades
individuais e coletivas que precisam ser satisfeitas para garantir a
sobrevivência dos indivíduos:
- ALIMENTAÇÃO
- TRANSPORTE
- EDUCAÇÃO
- SAÚDE
- BENS E SERVIÇOS EM GERAL
O conjunto destes Bens e Serviços compõem a:
PRODUÇÃO ECONÔMICA = FATORES DE
PRODUÇÃO
- Recursos naturais
- Equipamentos
- Trabalho
Fatores
de Produção
Os fatores de produção são os
elementos responsáveis pelos processos de fabricação dos mais variados tipos de
BENS.
Agrupam-se
em:
TRABALHO: É a contribuição do ser
Humano, na produção, em forma de atividade física ou mental;
CAPITAL: É o conjunto de
equipamentos, ferramentas e máquinas, produzidos pelo homem, que não se
destinam à satisfação das necessidades através do consumo, mas concorrem para a
produção de bens e serviços, aumentando a eficiência do trabalho humano;
RECURSOS NATURAIS: São os
elementos da natureza utilizados pelo homem com a finalidade de criar bens.
Combinação
dos Fatores de Produção
TRABALHO + CAPITAL + RECURSOS
NATURAIS = BENS E SERVIÇOS
A ECONOMIA é um processo que
combina fatores de produção para criar bens e serviços.
A riqueza de um país é formada
pelos fatores de produção disponíveis, pelos bens que estão sendo produzidos e
pelos que já o foram, mas ainda não desapareceram.
- a população (seu fator trabalho)
- os recursos naturais (terra,
recursos minerais e etc.)
- Infraestrutura em geral –
energia – edifícios – etc.
Resume-se a tudo o que a economia
produziu ao longo de sua existência, e que foi preservado.
Agentes
Econômicos
Compreendem os elementos que
participam do processo econômico.
EMPRESAS: São os agentes
encarregados de produzir e comercializar bens e serviços.
FAMÍLIA: Inclui todos os
indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores,
adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento
de suas necessidades.
GOVERNO: Inclui todas as
organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estaddo, nas
suas tarefas federais, estaduais ou municipais.
Economia
como Ciência
O conhecimento humano é resultado
do esforço e do trabalho dos indivíduos ao longo dos milhares de anos da
história da humanidade.
A economia também tem sido objeto
de preocupação das pessoas há muito tempo, dessa forma é natural que para o
estudo da economia e construção de sua teoria as pessoas tenham utilizado os
mesmos métodos de raciocínio empregados em outras ciências.
Métodos
de Investigação científica:
DEDUTIVO: Parte da elaboração de
pressupostos gerais a respeito de um determinado objeto de estudo para atingir
o conhecimento do fato isolado, do detalhe. Parte do geral para o particular.
INDUTIVO: Parte de observação
direta do detalhe para, através de seu conhecimento, estabelecer os princípios
gerais que regem a matéria em estudo. Parte do particular para o geral.
Economia
Positiva e Economia Normativa
ECONOMIA POSITIVA: é o conjunto
de métodos e esquemas teóricos que permitem determinar e entender como se dão
os fenômenos econômicos. Estuda a atividade econômica como ele é.
ECONOMIA NORMATIVA: parte da
constatação de como a realidade é, ou seja, do entendimento dos mecanismos
econômicos, para em seguida propor um estado de coisas, considerado melhor pelo
observador. Estuda a atividade econômica como ela deveria ser.
02. VALOR
Preços: Expressão monetária dos valores
de bens e serviços produzidos por um sistema econômico.
O que é que determina o valor de
um bem?
De que elementos dependem os
valores atribuídos aos bens e serviços normalmente transacionados?
O
valor de um bem
poderia ser expresso como função do trabalho necessário para obtê-lo.
Exposição ricardiana do VALOR-TRABALHO enfeixou-se no grupo das
teorias objetivas, conduzindo a análise do valor para o terreno da oferta e dos
custos de produção. O trabalho aplicado na obtenção dos bens é considerado o
principal elemento determinante de seu valor.
David Ricardo (Londres 1772-1823) é considerado um dos principais
representantes da economia política clássica.
Críticas
a teoria ricardiana
Na segunda metade do século XIX,
a teoria ricardiana do valor trabalho seria alvo de prolongada contestação.
Surgimento das teorias
subjetivas.
Considerando a escassez relativa
dos bens e a sua utilidade, somadas às escalas das preferências individuais.
O enfoque das teorias subjetivas
conduziu a análise do valor para o campo da procura. Seus determinantes não
estariam mais no terreno da oferta e dos custos da produção, mas na faixa da
utilidade, variável esta da qual resulta o valor que os indivíduos,
subjetivamente, atribuem aos bens e serviços disponíveis no mercado.
Resumindo:
Teoria
do Valor-Trabalho:
- Explica a formação do valor de uma mercadoria pela quantidade de trabalho
inserida no seu processo de produção e enfoca os custos presentes.
Teoria
do Valor-Utilidade:
- Explica a produção e o consumo pela capacidade de satisfação que provoca em
ambos. Satisfação de produtores e consumidores.
03. OS PROBLEMAS DE NATUREZA ECONÔMICA
Conflito
fundamental da Economia:
Já conhecida lei da ESCASSEZ
Necessidades
Ilimitadas x Fatores disponíveis para a produção
A impossibilidade de se produzir
bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer as necessidades
humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores da produção existem em
quantidades limitadas.
Diante da impossibilidade do
atendimento pleno das necessidades humanas em virtude da escassez de recursos,
quatro questões são levantadas.
O QUE PRODUZIR? Indica que é
necessário identificar a natureza das necessidades humanas, para saber quais os
bens e serviços a produzir;
QUANTO PRODUZIR? Reconhece a
limitação existente na disponibilidade dos fatores produtivos;
COMO PRODUZIR? É uma questão
técnica, que indica que há várias maneiras de se combinarem os fatores de
produção para se obterem bens e serviços;
PARA QUEM PRODUZIR? Envolve a
questão da distribuição dos bens e dos serviços produzidos entre os elementos
da sociedade.
04. O SISTEMA ECONÔMICO
“Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos
elementos participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as
necessidades da sociedade, organizados não apenas do ponto de vista econômico,
mas também social, jurídico, institucional.”
Classificação das Categorias de Produção Econômica:
BENS E SERVIÇOS DE CONSUMO: São
os bens e serviços que se destinam ao atendimento direto das necessidades das
pessoas
BENS E SERVIÇOS INTERMEDIÁRIOS:
São os bens e serviços que entram na produção de outros bens e serviços.
BENS DE CAPITAL: São os bens que
aumentam a eficiência do trabalho humano.
Evolução
dos Sistemas Econômicos
Em sua evolução foi marcada por
duas características:
Especialização
Sistema de produção segundo o
qual cada indivíduo se concentra em um número limitado de atividades;
Troca
– Permuta
Obs: Através da especialização e
da troca, as nações puderam dispor de maior produção, e elevação do padrão de
vida.
Riqueza das
nações - ADAM SMITH
Fluxos
do Sistema Econômico
Fluxo
real ou produto: é a totalidade dos bens e
serviços finais produzidos pelas unidades produtoras. Constitui a OFERTA da
economia.
Fluxo
nominal ou monetário, ou renda:
é a totalidade da remuneração dos fatores de produção empregados pelas unidades
produtoras. Constitui a demanda ou procura da economia.
O mercado é formado pelos fluxos
real e monetário, constituídos pela oferta e a demanda da economia.
APARELHO PRODUTIVO === MERCADO
=== FAMÍLIAS === BENS E SERVIÇOS
===
fluxo monetário e fluxo real
Mercado
O mercado no sistema econômico, é
formado pelas pessoas que querem comprar e pelas que querem vender bens e
serviços, ou seja, os consumidores e os empresários.
Oferta
x Demanda
As curvas de oferta e demanda
expressam uma relação entre preços e quantidades. Entretanto, essa relação não
é efetiva e sim potencial, pois tanto os produtores quanto os consumidores
estão apenas expressando as quantidades dos bens que ofertariam ou consumiriam
a determinados preços. Para se determinar esse preço e essa quantidade, o
mercado deve estar em equilíbrio.
Preço
de Equilíbrio
Ou preço de mercado, é aquele que
iguala a oferta à procura, ou seja, o preço pelo qual os bens serão vendidos.
PREÇO --- OFERTA/DEMANDA --- QUANTIDADE
Elasticidade
Medida da resposta dos
compradores e vendedores às mudanças no preço e na renda.
Bens
com alta elasticidade da demanda (elástica)
Refeições em restaurantes,
veículos, carne bovina.
Bens
com baixa elasticidade da demanda (inelástica)
Petróleo, ovos, leite, gasolina,
insulina.
Classificação
dos Mercados
Concorrência
Perfeita: é um
mercado em que existe um grande número de empresas oferecendo um mesmo produto.
Monopólio
Puro: é um
mercado em que existe apenas uma empresa oferecendo um bem, para qual não
existe substitutos satisfatórios.
Oligopólio:
é um mercado em
que existe um número de empresas pequeno o suficiente para que as ações de uma
afetem as outras. Essas empresas produzem bens diferenciados, mas substituíveis
entre si.
Concorrência
monopolística: é
um mercado em que há um número razoável de empresas produzindo um mesmo bem,
que aos olhos do consumidor são diferenciados.
MACROECONOMIA
E MICROECONOMIA
“ A teoria econômica é dividida
em dois ramos básicos que não se excluem, mas pelo contrário, se complementam.”
Microeconomia: estuda os agentes econômicos
individualmente, como o consumidor e empresa.
Macroeconomia: estuda os agentes econômicos em
seu conjunto. Tem por objetivo principal determinar os fatores que interferem
no nível total da renda e do produto de uma economia.
Contabilidade
Nacional
Na Macroeconomia precisamos
entender os seguintes conceitos:
Contabilidade
Nacional: é um
método de mensuração e interpretação da atividade econômica realizada durante
um determinado período de tempo.
Produto: é a soma dos valores monetários
de todos os bens e serviços finais produzidos por um país num determinado
período de tempo.
Renda: é a soma das remunerações feitas
aos fatores de produção empregados no processo produtivo durante um determinado
período de tempo, ou seja, é o total dos salários, aluguéis, juros e lucros.
Principais
Agregados Macroeconômicos
PRODUTO INTERNO BRUTO: é a soma
dos valores monetários dos bens e serviços finais. - ou seja, á soma dos
valores monetários dos bens e serviços, produzidos a partir dos fatores de
produção que estão dentro das fronteiras geográficas do país.
PRODUTO INTERNO LÍQUIDO: é o
produto a custo de fatores menos a parcela correspondente à depreciação. -
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL: é a Renda Pessoal menos os impostos diretos pagos
pelas pessoas, ou seja, o imposto de renda.
A Contabilidade Nacional mede a
atividade econômica a partir da expressão mais genérica sobre o PRODUTO DA
ECONOMIA. A partir dele, introduz-se novos conceitos (AGREGADOS) ao observar a
atividade econômica.
Crescimento
Econômico
Equação que representa os
condicionantes do crescimento econômico:
PIB = CONSUMO DAS FAMÍLIAS +
GASTOS DO GOVERNO + INVESTIMENTO DAS EMPRESAS + EXPORTAÇÃO LÍQUIDA
Componentes
do Crescimento Econômico
Consumo
das Famílias: ao
se apropriarem de suas rendas, as famílias destinam uma parte ao consumo de
bens e serviços.
Investimentos
das Empresas: é
uma das mais importantes variáveis para o crescimento de um país. Ao investirem
eleva – se o nível de emprego, produto e renda.
Gasto
Público: as
atividades operacionais do governo e investimentos em Infraestrutura, geram
emprego e renda .
Exportação
Líquida: são as
exportações menos as importações de um país. Quanto maior o saldo, maiores o
nível de emprego e o crescimento econômico.
Crescimento
Econômico X Desenvolvimento
Crescimento econômico: é o
contínuo crescimento da renda per capta ao longo do tempo. Característica
quantitativa.
Desenvolvimento: é um conceito de
característica qualitativa.
(IDH)= Índice de Desenvolvimento
Humano
Desenvolvimento
Econômico (conceito)
Consiste em um "bom"
uso da riqueza material e capital humano de países ou regiões, favorecendo o
bem-estar geral de seus habitantes.
____________________________________________________________
Estruturas do mercado
Para entender melhor um pouco sobre os tipos de mercado devemos entender o porquê de haver diversos tipos de mercado. O que movem as empresas? O que estipula os preços dos produtos? O que levam as empresas a entrar em determinado mercado?
Podemos dizer que a resposta destas perguntas é uma única palavra: A concorrência!
A concorrência é a disputa ou competição de várias empresas que atuam no mesmo segmento ou setor para poder chamar a atenção do cliente e assim conseguir o prêmio: lucro. Vamos aqui falar sobre os dois principais tipos de concorrência:
Concorrência perfeita: é quando há um numero grande de empresas que vendem para um número grande de consumidores. Por haver diversas opções, os consumidores tem o poder de escolher o produto/serviço que mais lhe convém, enquanto a empresa é obrigada a trabalhar em sintonia de qualidade e preço com as outras empresas concorrentes.
Concorrência imperfeita: é quando um pequeno grupo de empresas ou consumidores tem o poder de influenciar os preços dos produtos/serviços por não haver disponibilidade suficiente no mercado para toda a demanda.Cartel
Associação entre empresas do mesmo ramo de
produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As
partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível
alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido
pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no
período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir
o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis.
Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
Monopólio
Situação em que um setor do mercado com
múltiplos compradores é controlado por um único vendedor de mercadoria ou
serviço, tendo capacidade de afetar o preço pelo domínio da oferta. Nesse
cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto para aumentar a margem
de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para estimular um
determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência
estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes
e que barateiam o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo
Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu
custo. A empresa estatal Petrobrás era a única com permissão para prospecção,
pesquisa e refino do petróleo até 1995, quando o Congresso autoriza a entrada
de empresas privadas no setor.
Oligopólio
É a prática de mercado em que a oferta de um
produto ou serviço, que tem vários compradores, é controlada por pequeno grupo
de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se interdependentes e guiam suas
políticas de produção de acordo com a política das demais empresas por saberem
que, em setores de pouca concorrência, a alteração de preço ou qualidade de um afeta
diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha diplomática ou uma
competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento do adversário
para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a variar no nível mais
alto. Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o
automobilístico e o de fumo.
Holding
Forma de organização de empresas que surge
depois de os trustes serem postos na ilegalidade. Consiste no agrupamento de
grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma designação dada às
empresas que abrem seu capital e emitem ações que são negociadas em bolsa de
valores. Neste caso, a maioria das ações de cada uma delas é controlada por uma
única empresa, a holding. A ação das holdings no mercado é semelhante a dos
trustes. Uma holding geralmente é formada para facilitar o controle das
atividades em um setor. Se ela tiver empresas que atuem nos diversos setores de
um mercado como o da produção de eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas
fatias desse mercado e adquire condições de dominar seu funcionamento.
Dumping
Prática comercial que consiste em vender um
produto ou serviço por um preço irreal para eliminar a concorrência e
conquistar a clientela. Proibida por lei, pode ser aplicada tanto no mercado
interno quanto no externo. No primeiro caso, o dumping concretiza-se quando um
produto ou serviço é vendido abaixo do seu preço de custo, contrariando em tese
um dos princípios fundamentais do capitalismo, que é a busca do lucro. A única
forma de obter lucro é cobrar preço acima do custo de produção. No mercado
externo, pratica-se o dumping ao se vender um produto por preço inferior ao
cobrado para os consumidores do país de origem. Os EUA acusam o Japão de
praticar dumping no setor automobilístico.
Truste
Reunião de empresas que perdem seu poder
individual e o submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova
empresa com poder maior de influência sobre o mercado. Geralmente tais
organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor
de que adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito extensos
fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada
pelos norte-americanos em 1890.
Liberalismo
Econômico
É a ideologia de que estado não deve
intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos, classes ou
nações. O liberalismo defende o livre uso, da parte de cada indivíduo ou membro
de uma sociedade, de sua propriedade, sendo partidário da livre-empresa, em
oposição ao socialismo e ao dirigismo.
Protecionismo Econômico
Protecionismo é a teoria que propõe um conjunto de medidas econômicas que favorecem as atividades econômicas internas em detrimento da concorrência estrangeira. Tal teoria é utilizada por praticamente todos os países, em maior ou menor grau e é bastante difundida pelo mundo.[1]
Essa política é oposta ao livre comércio, onde as barreiras governamentais ao comércio e circulação de capitais são mantidas a um mínimo. Nos últimos anos, tornou-se alinhado com a antiglobalização. O termo é usado principalmente no contexto da economia, onde o protecionismo refere-se a políticas ou doutrinas que protegem as empresas e os trabalhadores dentro de um país, restringindo ou regulando o comércio com nações estrangeiras.
O órgão responsável pela fiscalização dos atos protecionistas adotados pelos países é a OMC (Organização Mundial do Comércio), cujo papel é promover a liberalização do comércio internacional. Em alguns pontos, o protecionismo é vantajoso, pois protege a economia nacional da concorrência externa, garante a criação de empregos e incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias. No entanto, estas políticas podem fazer com que o país perca espaço no mercado externo; provocar o atraso tecnológico e a acomodação por parte das empresas nacionais, já que essas medidas tendem a protegê-las; além de aumentar os preços internos. Em consequência da diminuição do comércio, provocada pelo protecionismo, ocorre o enfraquecimento de políticas de desenvolvimento e de combate à fome em países pobres.[1]
Como exemplo de medidas protecionistas estão:
a criação de altas tarifas (barreiras tarifárias), normas técnicas de qualidade para produtos estrangeiros, reduzindo a lucratividade dos mesmos;
Subsídios à indústria nacional, incentivando o desenvolvimento econômico interno;
Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de serviços estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual que o acionário estrangeiro pode atingir em uma empresa.
Livre-comércio ou Livre-cambismo
Livre-comércio ou Livre-cambismo é um modelo de mercado no qual a troca de bens e serviços entre países não é afetada por restrições do estado. Livre-cambismo é contrário ao protecionismo, que é a política econômica que pretende restringir o comércio entre países. As trocas podem ser restringidas pela aplicação de taxas e tarifas alfandegárias, quotas e subsídios as subvenções ou subsídios às exportações, legislação e leis antidumping; esta política econômica visa proteger a indústria nacional em detrimento da concorrência estrangeira. O exemplo máximo é dado pela Grã-Bretanha, no século XIX.
Por sua vez uma zona de livre-comércio é uma associação que possibilita a livre circulação de mercadorias com reduzidas taxas alfandegárias; é resultado de acordo mútuo entre os países envolvidos, que supostamente beneficia as empresas localizadas nesses países. Não inclui a livre circulação de pessoas. Um exemplo de é o NAFTA (North American Free Trade Agreement, ou Acordo norte-americano de livre comércio), que reúne Canadá, Estados Unidos e México.
O livre-comércio foi defendido pelas Colônias do sul dos EUA por não complicar as trocas necessárias de produtos entre o sul da América Anglo-Saxônica e a Inglaterra. Além disso, a Inglaterra procurou combater os entraves corporativos e monopolistas.
Protecionismo Econômico
Protecionismo é a teoria que propõe um conjunto de medidas econômicas que favorecem as atividades econômicas internas em detrimento da concorrência estrangeira. Tal teoria é utilizada por praticamente todos os países, em maior ou menor grau e é bastante difundida pelo mundo.[1]
Essa política é oposta ao livre comércio, onde as barreiras governamentais ao comércio e circulação de capitais são mantidas a um mínimo. Nos últimos anos, tornou-se alinhado com a antiglobalização. O termo é usado principalmente no contexto da economia, onde o protecionismo refere-se a políticas ou doutrinas que protegem as empresas e os trabalhadores dentro de um país, restringindo ou regulando o comércio com nações estrangeiras.
O órgão responsável pela fiscalização dos atos protecionistas adotados pelos países é a OMC (Organização Mundial do Comércio), cujo papel é promover a liberalização do comércio internacional. Em alguns pontos, o protecionismo é vantajoso, pois protege a economia nacional da concorrência externa, garante a criação de empregos e incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias. No entanto, estas políticas podem fazer com que o país perca espaço no mercado externo; provocar o atraso tecnológico e a acomodação por parte das empresas nacionais, já que essas medidas tendem a protegê-las; além de aumentar os preços internos. Em consequência da diminuição do comércio, provocada pelo protecionismo, ocorre o enfraquecimento de políticas de desenvolvimento e de combate à fome em países pobres.[1]
Como exemplo de medidas protecionistas estão:
a criação de altas tarifas (barreiras tarifárias), normas técnicas de qualidade para produtos estrangeiros, reduzindo a lucratividade dos mesmos;
Subsídios à indústria nacional, incentivando o desenvolvimento econômico interno;
Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de serviços estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual que o acionário estrangeiro pode atingir em uma empresa.
Livre-comércio ou Livre-cambismo
Livre-comércio ou Livre-cambismo é um modelo de mercado no qual a troca de bens e serviços entre países não é afetada por restrições do estado. Livre-cambismo é contrário ao protecionismo, que é a política econômica que pretende restringir o comércio entre países. As trocas podem ser restringidas pela aplicação de taxas e tarifas alfandegárias, quotas e subsídios as subvenções ou subsídios às exportações, legislação e leis antidumping; esta política econômica visa proteger a indústria nacional em detrimento da concorrência estrangeira. O exemplo máximo é dado pela Grã-Bretanha, no século XIX.
Por sua vez uma zona de livre-comércio é uma associação que possibilita a livre circulação de mercadorias com reduzidas taxas alfandegárias; é resultado de acordo mútuo entre os países envolvidos, que supostamente beneficia as empresas localizadas nesses países. Não inclui a livre circulação de pessoas. Um exemplo de é o NAFTA (North American Free Trade Agreement, ou Acordo norte-americano de livre comércio), que reúne Canadá, Estados Unidos e México.
O livre-comércio foi defendido pelas Colônias do sul dos EUA por não complicar as trocas necessárias de produtos entre o sul da América Anglo-Saxônica e a Inglaterra. Além disso, a Inglaterra procurou combater os entraves corporativos e monopolistas.
Globalização
É um processo econômico e social que
estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através
deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam
transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro
cantos do planeta.
O conceito de Aldeia Global se encaixa neste
contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que
deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e
econômicas de forma rápida e eficiente.
São Paulo, sábado, 10 de maio de 2003
http://www1.folha.uol.com.br/
OPINIÃO ECONÔMICA
Oligopólio não é cartel
por GESNER OLIVEIRA
Como as notícias foram boas em relação à inflação nesta semana, é possível respirar um pouco e discutir temas microeconômicos como os tão falados, mas pouco conhecidos, oligopólios.
Muita gente pensa que oligopólio é sinônimo de cartel, mas trata-se de dois conceitos distintos. O oligopólio constitui um regime específico de mercado, caracterizado pela presença de poucas empresas. É uma situação intermediária entre o monopólio -no qual há apenas uma empresa- e o mercado competitivo -com um número muito grande de participantes.
Não é crime ser oligopolista. A exemplo daquilo que ocorre em vários outros países, os oligopólios respondem pela maior parcela da produção brasileira.
Em contraste, o cartel constitui uma combinação entre agentes do mercado para aumentar preços, boicotar um concorrente efetivo ou potencial, dividir mercados ou fazer tudo isso ao mesmo tempo.
Como já foi lembrado nesta coluna, o próprio Adam Smith, pai do liberalismo econômico, alertou para a frequência e o risco do fenômeno em "Riqueza das Nações", ao afirmar que, "quando pessoas do mesmo ramo de negócios se encontram, mesmo para fins de lazer e diversão, a conversa termina em conspiração contra o interesse público mediante alguma forma de aumento de preços".
Cartel é crime contra a ordem econômica. Trata-se de interferência no mecanismo de mercado que reduz o bem-estar da sociedade. Sua ocorrência é mais provável quando há poucas empresas no mercado, comparativamente a uma situação em que há muitos competidores.
No entanto a jurisprudência antitruste contém exemplos de cartéis organizados por dezenas de empresas! Mesmo profissionais liberais podem, com ou sem a coordenação de suas respectivas associações de classe, cometer prática de cartel.
Não é fácil formar e muito menos manter um cartel. Alguns fatores ajudam. Mercados com poucas empresas, condições de demanda e tecnologia relativamente estáveis, relativa uniformidade dos custos dos participantes e possibilidade de monitoramento do acordo para evitar traições constituem elementos facilitadores do cartel.
Não é fácil flagrar e punir um cartel. As condições mencionadas estão presentes em inúmeros mercados. Seria absurdo presumir, com base apenas nesse fato, que esteja ocorrendo um cartel. Tampouco basta verificar que os preços das empresas concorrentes são similares ou se movem de forma semelhante para concluir que esteja ocorrendo uma ação cartelizada.
No passado, o governo iniciou uma série de processos com acusações genéricas de cartelização sem nenhum efeito prático, mas com elevado custo para a máquina administrativa e sobretudo para a segurança jurídica.
A interação estratégica entre empresas oligopolistas admite diversos resultados, requerendo análise econômica minuciosa antes de concluir apressadamente pela ocorrência de indícios de infração. Da mesma forma, o respeito ao devido processo legal e a obtenção de provas exigem sofisticação jurídica.
A atual administração está correta ao atribuir importância ao combate aos cartéis e procurar meios de aperfeiçoamento da legislação atual, em particular em relação aos chamados acordos de leniência. Mas, para isso, será imprescindível equipar os órgãos competentes dos ministérios da Justiça e da Fazenda com os recursos materiais e humanos necessários para cumprir tal missão.
Gesner Oliveira
doutor em economia pela Universidade da Califórnia (Berkeley),
professor da FGV-EAESP, sócio-diretor da Tendências e ex-presidente do Cade.
Internet: www.gesneroliveira.com.br
1- O que é uma Commoditie?
Commodities são produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, que podem ser estocados por certo tempo sem perda sensível de suas qualidade, como suco de laranja congelado, soja, trigo, bauxita, prata ou ouro. Atualmente também são consideradas commodities produtos de uso comum mundial como lotes de camisetas brancas básicas ou lotes de calças jeans.
2- Pra que serve uma Commoditie?
As Commodities são uma forma de investimento, uma opção entre as tantas opções de investimento no mercado, como poupança ou Fundos de Investimento.
PLUS 1- Então uma saca de trigo é uma commoditie que posso negociar?
Não, para um dos produtos citados ser uma commoditie, isto é, uma forma de investimento, é necessário que exista uma estrutura de mercado onde vendedores e compradores se encontram e onde se torna possível essa forma de investimento.
3- Mas como se funciona um investimento em Commodities?
Um investimento em Commodities se faz através do Mercado de futuros, que em linhas básicas funciona da seguinte maneira: Você compra no mercado de futuros um contrato com um grande produtor de laranjas, estipulando que ele se compromete a entregar daqui a sete meses 400 toneladas de laranjas, pelas quais você se compromete a pagar R$140,00 por tonelada. Nessa transação você espera poder vender esse contrato de laranjas para algum interessado, antes da sua data de vencimento, por um preço maior por tonelada do que pagou, obtendo lucro na transação.
Como qualquer tipo de investimento, a opção de investir em Commodities será analisada por seu:
Retorno: Ganho percentual sobre o capital investido que se espera ganhar em comparação com outras formas de investimento.
Risco: Incerteza quanto a investir em uma opção de investimento
Na análise quanto ao risco e retorno de um investimento, a escolha varia de pessoa para pessoa, já que alguns aceitam riscos maiores em troca de retornos maiores enquanto outras pessoas preferem retornos menores mas com riscos também menores.
4- Mas o que fazer com tantas laranjas se eu não conseguir vendê-las?
Como investidor, ou melhor dizendo, como especulador você não vai ter nenhuma posse física das Commodities que negocia, você somente vai comprar e vender contratos como outros tantos investidores antes da data de vencimento dos contratos. Assim, pode ser que daqui a cinco dias você ache que o preço por tonelada de laranjas está satisfatório em R$145,00 e o venda para outro especulador. Pronto, vocês fez a operação no Mercado de Futuros e nem por isso teve de se preocupar em onde colocar 400 toneladas de laranja.
5- Então Commodities são iguais a ações da Bolsa de Valores?
Não, o Mercado de Ações e o Mercado de Futuros (que negocia as Commodities) têm diferenças.
No Mercado de Capitais (ações), se negocia tanto ações "velhas", emitidas há vários anos, quanto ações "novas", emitidas por uma empresa nova por exemplo. Nesse mercado há a distribuição de dividendos (como que uma participação nos lucros das empresas a acionistas possuidores de ações especiais que recebem esse dividendos) .
No Mercado de Futuros somente se negocia produtos disponíveis para consumo imediato ou futuro, não se poderia negociar o trigo consumido a cinco anos por exemplo. Nesse mercado não há a distribuição de dividendos.
6- Então no Mercado de Futuros somente circulam especuladores atrás de lucros?
Mais ou menos, no Mercado de Futuros cerca de 90% dos negócios são feitos com finalidade especulativa, mas também existem compradores que desejam o produto final. Por exemplo, a Nestlé tem como matéria-prima básica para sua linha de produção de chocolates o Cacau, e para manter um nível de produção regular ao longo do tempo, a Nestlé compra no Mercado de Futuros contratos de Cacau a um preço acertado que lhe permita manter também os custos e o preço final do produto. Outra vantagem para os consumidores finais da Commodities é o ganho com a eliminação dos custos de estocagem e manuseio da produção.
7- Mas e se o produtor de uma Commoditie que faz um Contrato Futuro sofre uma quebra de produção, não podendo mais honrar o contrato?
Nesse caso, o produtor terá que comprar um outro contrato no mercado na mesma proporção que o seu, seja mais caro ou mais barato, de modo que quando chegar a data término do seu contrato, também o contrato que comprou vencerá e então cumprirá o contrato com a produção de outro produtor. O produtor na verdade anula seu contrato. É por esse motivo que os produtores de Commodities tratam com tanta discrição as informações sobre a produção, para poderem realizar operações de anulação se necessário. Por exemplo, o relatório sobre a produção de laranjas nos EUA tem data marcada para ser apresentado para o público.
8- Mas o que um especulador faz se o preço da Commoditie da qual tem um contrato começa a cair.
Nesse caso, se o especulador não acredita a alta de preços daquela Commoditie ou se prefere anulá-lo naquele momento temendo perdas maiores, então realiza um processo de anulação igual ao que o produtor faria se houvesse quebra de sua produção, pagando a diferença entre os contratos, sendo este seu prejuízo. Esse tipo de contrato é chamado de "Short Position".
Também pode ocorrer do especulador acreditar que o preço da Commoditie subirá antes do final do contrato que possui, então ou manterá o contrato ou comprará de alguém que o está "passando para frente" como um "Short Position", então esse será um contrato de "Long Position" para esse especulador.
9- Onde são negociados esses Contratos Futuros?
Esses contratos são negociados nas Bolsas de Mercados e Futuros, como a BM&F brasilieira, as bolsas de Chicago, Londres, New York, ...
10- É o próprio especulador que faz os contratos com o produtor?
Não, como nas Bolsas de Valores, os negócio são realizados através de corretoras que recebem remunerações em percentagem dos contratos, ou se os ganhos em um contrato são grandes, ganham também participações no lucro.
Para saber mais:
Trading in Commodities - An investors Chronicle Guide
Editor: C.W.J.Granger
Commodities - O Preço do Futuro
Noênio D. Spínola
Fontes:
Keiler Carvalho Rocha, professor do Departamento de Administração / FEA - USP. FEA: 818-5842 Escritório: 289-4455
Bolsa de Valores do Estado de São Paulo / Bovespa
Rua XV de Novembro, 275 CEP 01013-001 São Paulo-SP (perto da estação São Bento do metrô).
Telefone: 233-2000, fax: 233-2099.
Endereço na Internet: http:// www.bovespa.com.br
GLOSSÁRIO DE TERMOS DE ECONOMIA
por Alexandre Comin.
ABSORÇÃO: Fusão que pode ser feita de modo paulatino, mediante compra das ações em bolsa, tendo início com uma posição minoritária.
AÇAMBARCAMENTO: Praticado sobretudo por monopólios que dominam certo setor produtivo ou comercial da economia, consiste na retenção de matérias-primas, bens de capital ou gêneros de primeira necessidade com o intuito de elevar preços, eliminar concorrentes ou dominar o mercado. É considerado crime contra a economia popular no Brasil.
AÇÃO: Documento de propriedade fracionária de uma empresa de capital aberto. Existem diferentes tipos de ações, que definem diversas formas de participação na propriedade e nos lucros da empresa. # ao portador: não identifica seu proprietário, enquanto que a # nominativa (ou nominal) só pode ser negociada mediante registro de seu proprietário na documentação da empresa (a partir de 1990, todas as #s passam a ser nominativas); se for # endossável pode ser negociada mediante endosso do proprietário nominal. # ordinária: confere direito de voto em Assembléia Geral de Acionistas, inclusive na escolha da diretoria e Conselho de Administração; em contrapartida, tem menor prioridade na distribuição de dividendos. Em oposição a # preferencial, que tem precedência na distribuição de rendimentos, por vezes estabelecido de antemão como uma porcentagem/fração do capital investido, bem como em caso de liquidação da empresa; se a # preferencial for emitida com direitos cumulativos pode receber, segundo regras preestabelecidas, dividendos de exercícios anteriores não distribuídos por algum motivo; podem ser escalonadas em preferenciais A, B etc., com diferentes níveis de acesso aos rendimentos e até mesmo direito a voto, mas sempre com menores poderes com relação às #s ordinárias.
ACIONISTA EFETIVO: Proprietário em última instância de ações de uma empresa, que pode ou não estar encoberto por um acionista nominal.
ACIONISTA MAJORITÁRIO: Que possui, no mínimo, mais da metade das ações com direito a voto de uma empresa, detendo portanto o controle da mesma.
ACIONISTA MINORITÁRIO: Que possui um quantidade de ações com direito a voto inferior à metade. Pode ou não deter o controle da sociedade, dependendo do poder de voto dos demais acionistas.
ACIONISTA NOMINAL: Empresas (em geral não financeiras) que aparecem como proprietárias de ações mas que na realidade acobertam o acionista efetivo que, por qualquer motivo, não deseja se identificar. Prática muito comum nos EUA (e também na Inglaterra), os #s são conhecidos como nominees, street names ou straws. São em geral, brokers, dealers e os trust departments dos bancos comerciais.
ACIONISTA PROVEDOR DE FUNDOS: Em geral, pequenos acionistas cuja lógica de aplicação é apenas o rendimento e a valorização das ações. Sua desinformação, incapacidade de análise e dificuldade de se unir a outros o impede de ter qualquer influência sobre a empresa.
ACORDO, ESTRATÉGIA DE: Conjunto de formas de penetração de mercado que se opõem ao investimento direto, tais como, contratos de gestão, sub-contratação, acordos de licenciamento de marcas e/ou de tecnologia etc. Em todas elas, o princípio da hierarquia é substituído pelo do contrato, nos quais se procura estabelecer um relação de médio ou longo prazo em que se especifica a distribuição de lucros e de funções de acordo com a especialização de cada parceiro sob uma base cooperativa, que garante a permanência da independência financeira e jurídica de cada participante. É mais comum nos setores tecnologicamente maduros e visa obter vantagens na concorrência via preços. Pode conduzir à formação de firmas em rede.
ACUMULAÇÃO FICTÍCIA: Valorização de títulos representativos de propriedade (sobretudo ações, mas também outros ativos financeiros) de forma descolada, independente, dos ativos que representa, isto é, da produção efetiva de riqueza real. Resulta de processos especulativos, sobretudo nas bolsas de valores, e/ou de uma associação privilegiada com o fundo público, via mercado financeiro ou órgãos governamentais.
ALAVANCAGEM: Em sentido contábil e referindo-se a uma empresa em particular, é a relação entre seu endividamento e seu capital próprio, isto é, seu patrimônio líquido. Em sentido amplo, é a relação entre o total de capital que um agente (empresa, acionista, grupo de acionistas etc.) comanda e o capital que é de sua estrita propriedade, inclui portanto, além do endividamento, o capital de acionistas minoritários.
ALIANÇA, ESTRATÉGIA DE: Contratos com duração determinada entre empresas que permanecem globalmente independentes, tanto do ponto de vista jurídico quanto financeiro e de propriedade. As #s podem ser estabelecidas entre concorrentes diretos visando a exploração de algum mercado ou o desenvolvimento pré-concorrencial de novas tecnologias e ou produtos, para posterior exploração de forma competitiva, com a participação de entidades sem fins lucrativos (universidades, centros de pesquisa etc.) ou não. Podem ser também feitas entre parceiros atuando em áreas diversas em torno de objetivos comuns (grandes projetos, produtos sofisticados etc.) que, no entanto, podem vir no futuro a se enfrentar em mercados gerados pelo esforço conjunto. As #s são portanto mais comuns nos setores de maior dinamismo tecnológico e deste modo as regras que são por ela acordadas contribuem para o estabelecimento de novas formas de concorrência em novos mercados.
AQUISIÇÃO: Compra de uma empresa por outra, sendo que ambas mantém a identidade jurídica própria (ao contrário do que ocorre numa fusão ou numa incorporação). No caso das SAs pode significar apenas a aquisição de um lote de ações suficientemente grande para permitir a tomada do controle da empresa.
ARBITRAGEM: Especulação com diferenças de preços de ativos em diferentes praças e/ou momentos do tempo. Tende a tornar os mercados contínuos pela progressiva eliminação destas diferenças de preços. Os ativos são em geral moedas, mas podem ser títulos, ações, metais preciosos e commodities como trigo, café etc.
ASSEMBLÉIA GERAL DE ACIONISTAS (AGA): Órgão máximo de decisão de uma Sociedade Anônima. Decide sobre fusões, incorporações, distribuição de dividendos aos acionistas após proposta feita pela diretoria. Embora não se ocupe da gestão cotidiana da empresa, pode influir sobre suas decisões estratégicas. Têm o direito de participar da # todos os detentores de ações com direito a voto, isto é, as ordinárias e eventualmente as preferenciais com cláusulas especiais de direito de voto.
ASSOCIAÇÃO, ESTRATÉGIA DE: Termo genérico para as novas formas de crescimento empresarial que não estão baseadas no aporte direto de capital. Inclui as estratégias de acordo e de aliança.
AUTOFINANCIAMENTO: Parcela dos investimentos que são custeados com os lucros acumulados de uma empresa ou grupo econômico.
BANCO: Nome genérico a toda instituição habilitada a guardar dinheiro, títulos e valores de terceiros e deles dispor para a realização de empréstimos, executando também operações conexas, tais como, cobranças, pagamentos, operações com moedas estrangeiras etc. # comercial (ou de depósitos): especializados na captação de dinheiro do público e na concessão de crédito de curto prazo (capital de giro). # de investimentos (ou de negócios): especializado na concessão de empréstimos de médio e longo prazos, em geral para a criação e ampliação de empresas; via de regra não possuem o direito de captar depósitos, fazendo uso de outros instrumentos para a obtenção de recursos. # universal: devido à permissividade da legislação bancária, em alguns países (sobretudo Alemanha e França), houve uma tendência para a reunião em um único organismo destas diversas atividades bancárias mencionadas; no Brasil são chamados de #s múltiplos. # Central: órgão governamental que detém o monopólio de emissão de moeda, regula o sistema bancário e as transações com o exterior. # de desenvolvimento (ou de fomento): de propriedade estatal ou mista, aplica recursos públicos, provenientes de fundos compulsórios de poupança e/ou captados por meio de emissões de títulos, realizando empréstimos e investimentos em infra-estrutura e na produção segundo critérios definidos pela política industrial e de desenvolvimento.
BANCO-NÃO-BANCO: Departamentos financeiros de grandes empresas não financeiras que, no período mais recente, vêm crescentemente assumindo funções tipicamente bancárias, tais como, obtenção de crédito diretamente dos poupadores, gerenciamento das operações de lançamento de ações, operações de arbitragem de câmbio etc.
BANQUE D'AFFAIRES ou BANQUE D'INVESTISSEMENTS: (Fr.) banco de investimentos.
BANQUE DE DÉPÔTS ou BANQUE COMMERCIALE: (Fr.) banco comercial.
BEARER: (Ing.) ao portador (ações, títulos etc.).
BLUE CHIPS: (Ing.) Ações de primeira linha mais negociadas na bolsa, de maior liquidez, em geral, de grandes empresas.
BOLSA DE MERCADORIAS: Mercado centralizado para transações com mercadorias, sobretudo commodities, isto é, produtos primários em estado bruto com elevada importância comercial tanto no mercado interno como no mercado externo (minérios, café, cereais, algodão etc.). Realizando contratos à vista e futuros, permite fazer hedge contra variações nos preços das mercadorias.
BOLSA DE VALORES: Mercado em que se negociam valores mobiliários, isto é, títulos e ações, à vista ou através de contratos futuros. Confere liquidez às ações lançadas por empresas de capital aberto que dessa forma podem ampliar sua alavancagem, atraindo o capital de outros sócios, ou através de títulos de crédito. É da natureza da # observar um comportamento altamente especulativo, com mudanças nas cotações das ações que muitas vezes não se explicam por nenhum evento concreto ligado à saúde econômica das empresas representadas pelos títulos.
CAPITAL FINANCEIRO: Fusão entre grandes frações do capital industrial (ou, mais amplamente, do capital produtivo e comercial como um todo) e capital bancário. A interpenetração se dá de três modos: empréstimos em larga escala e de longo prazo, compra de participações acionárias e intercâmbio de membros da diretoria. As formas por excelência do # são portanto a sociedade por ações e os bancos de investimento (ou universais e múltiplos). Numa acepção mais geral, pode-se definir o # como sendo o conjunto de articulações entre diversas frações de capital, dentre elas necessariamente uma fração bancária, que visa à obtenção de recursos financeiros, seja de outros grandes blocos de capital, pequenas e médias empresas, do público em geral ou de fontes governamentais com o objetivo de valorizar o capital próprio. Devido à crescente desregulamentação nos mercados financeiros, a identificação de # com o capital bancário pode ser ampliada para incluir outras instituições, em particular, os bancos-não-bancos e os fundos de pensão. V. também dominância financeira.
CAPITAL MARKETS: (Ing.) Mercado de Capitais.
CAPITAL: Riqueza utilizada, em suas diversas formas, com o objetivo de gerar mais riqueza para seus detentores. Para as empresas, representa o chamado # social, isto é, o # inicial que foi subscrito e integralizado por seus sócios quando do surgimento da empresa, acrescido ao longo do tempo pela incorporação dos lucros líquidos. Diz-se que uma empresa é de # aberto quando se trata de uma sociedade anônima cujo patrimônio é composto por ações que são negociadas na bolsas de valores por um número relativamente grande de acionistas cuja identidade não necessariamente é fixa ou mesmo conhecida. Já as empresas de # fechado (que podem ou não serem SAs) possuem um número determinado de sócios e seu patrimônio não pode ser objeto de negociação em balcão das bolsas de valores.
CARTEL: Resulta da ação coordenada do conjunto ou de uma substancial maioria das empresas que operam em um mesmo mercado visando a interesses comuns mas que conservam sua independência e individualidade, tanto do ponto de vista jurídico quanto financeiro. Constituído geralmente em setores com elevada homogeneidade de produtos (matérias-primas de origem mineral, insumos intermediários etc.), o # estabelece preços, fixa margens de lucro, fatias de participação no mercado, em geral para diferentes áreas geográficas, além de controlar o nível de produção, as condições de venda e, eventualmente, as fontes de matéria-prima. Pode ser de natureza formal, isto é, reconhecido pelo Estado, ou, o que é mais comum hoje em dia, de maneira informal e sigilosa, constituindo ilícito na maior parte dos países e pode ser considerado um caso extremo de colusão.
CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL: Processo de concentração de capital que implica necessariamente a eliminação de blocos autônomos de capital que passam a operar de forma centralizada, isto é, subordinados ao capital que é sujeito da #, ou desaparecem na luta competitiva em um determinado mercado, que passa, neste caso, por um processo de concentração absoluta e relativa de capital. Ao menos teoricamente, é possível admitir a existência de processos de des-#, devido à partilha de heranças, desmembramento de blocos de capital e surgimento de novos blocos.
CITY BANK: (Ing.) Nome dado aos principais bancos comerciais no Japão. V. também keiretsu.
CLEARING BANK: (Ing.) Banco comercial.
CLUBE DE INVESTIMENTO: V. fundo mútuo.
COLIGADAS: Pela Lei das SAs, são # as "sociedades quando uma participa, com 10% ou mais, do capital da outra, sem controlá-la".
COLUSÃO: Comportamento acertado de comum acordo e de forma sigilosa entre duas ou mais empresas participantes de um mercado, visando elevar preços, repartir mercados etc. Normalmente só pode ser praticado em mercados altamente concentrados, como os oligopólios.
COMMERCIAL BANK: (Ing.) Banco comercial.
COMPANHIA: O mesmo que sociedade anônima na legislação brasileira.
CONCENTRAÇÃO DE CAPITAL: Genericamente, é o aumento no tamanho de uma empresa ou bloco de capital devido ao processo de acumulação. Para evitar as confusões que ocorrem no uso deste termo convém estabelecer a seguinte distinção: # absoluta = aumento (real) na quantidade de capital sob controle de uma mesma empresa ou grupo. # relativa: aumento da participação no patrimônio líquido (ou ainda nas vendas, lucros etc.) de um empresa como porcentagem do total de um determinado mercado ou ainda de um grupo como fração do total de uma amostra de grupos ou da economia como um todo, da indústria etc. A # diz respeito somente à expressão quantitativa (absoluta e/ou relativa) de um processo de crescimento de capital que pode se dar de diversas maneiras, tais como, diversificação, centralização de capital, fusão etc.
CONGLOMERADO: Empresa ou Grupo econômico que atua em diversos setores da economia sem necessariamente seguir critérios de complementaridade técnica, produtiva ou comercial.
CONSTELAÇÃO DE INTERESSES: Situação muito comum entre as grandes corporações dos EUA e Inglaterra na qual a elevada pulverização das ações dificulta a formação de coalizões estáveis de controle. Neste caso, a diretoria é composta pela cooperação entre alguns dos maiores acionistas, que, deste modo, criam ou reforçam laços de interdependência recíproca, permitindo um certo grau de autonomia à alta gerência. É um conceito que sublinha a necessidade de estudar a teia de relações (pessoais, comerciais, de propriedade acionária, financeiras etc.) entre uma empresa e as demais onde estejam presentes os mesmos grupos de interesse.
CONTROLADA: Companhia cuja maioria dos direitos de voto estão concentrados em outra companhia, dita controladora, que pode ser também chamada de holding. O mesmo que subsidiária.
CONTROLADORA: A companhia que controla outra(s), dita controlada. V. holding.
CRESCIMENTO DE CAPITAL: Concentração absoluta de capital, isto é, aumento (real) no capital de uma empresa ou grupo. O # pode ser interno mediante o investimento de capital próprio ou de terceiros em novas instalações ou externo, mediante fusão ou aquisição de empresas e/ou instalações e meios de produção já em funcionamento.
CVM: Comissão de Valores Mobiliários, órgão responsável pela regulamentação e fiscalização do mercado de capitais (isto é, basicamente ações e debêntures) no Brasil bem como das SAs.
DEBÊNTURE: Empréstimo ao portador que garante uma renda fixa (juros) ou, no caso de inadimplência, o direito aos credores de intervir na empresa ou exigir sua liquidação. Neste caso, os credores têm prioridade na recuperação do capital invertido, em relação aos acionistas. # conversível: que pode ser convertido em ações segundo regras preestabelecidas, em termos de prazos, preços etc.
DEFENSIVE BUYING: (Ing.) Compra preventiva, efetuada por uma empresa de suas próprias ações, seja para garantir o controle contra possíveis rivais, criar margem de manobra para futuras operações de fusão ou reduzir o limiar de controle. A compra das próprias ações pode ser apenas um expediente para especular com seu valor.
DIVERSIFICAÇÃO: Processo de crescimento que implica numa ampliação da atuação da empresa ou grupo com aumento da diversidade de atividades, seja em termos de mercado ou da base tecnológica. Em geral, acarreta a criação de novas unidades operacionais ou absorção de outras. Pode ser de quatro tipos de acordo com a relação entre a atividade principal ou inicial da empresa e as atividades que são objeto do crescimento: # (ou integração) vertical, congrega setores à montante e/ou à jusante da operação principal dentro de uma cadeia de produção e/ou comercialização; # conglomeral, diversificação setorial não orientada por critérios de complementaridade produtiva, tecnológica ou comercial; visa distribuir riscos entre mercados; # diagonal, inclusão de atividades de apoio à operação principal, antes contratadas de terceiros; # por sinergia tecnológica (ou stratégie de grappe technologique), segue, como critério de investimento, uma determinada trajetória ou núcleo tecnológico de ponta, independentemente dos mercados que estejam envolvidos.
DIVIDENDO: Parcela do lucro, já descontado o Imposto de Renda, distribuída aos acionistas uma vez apurados os resultados. No Brasil, a legislação especifica que esta parcela deve ser de no mínimo 25% dos lucros líquidos.
DOMINÂNCIA FINANCEIRA: Atributo estrutural da concorrência intercapitalista, sobretudo no âmbito do grande capital, que decorre do surgimento do capital financeiro e da autonomização do capital a juros dele resultante. Implica que todo tipo de capital —industrial, comercial etc.— tem seu movimento de valorização comandado pela fração financeira, que serve de parâmetro para a avaliação de rentabilidade. É de dupla natureza: creditícia pela dependência do capital produtivo vis-à-vis o capital bancário; monetária devido à crescente importância da acumulação fictícia de capital.
DUMPING: (Do Ing. Idem) Consiste na venda de produtos a preços inferiores aos seus custos de produção, com o objetivo de eliminar concorrentes, ganhar maiores fatias de mercado. Normalmente praticada nas vendas para o mercado externo, usando as vendas no mercado interno como forma de compensação, o que, pela legislação atual de comércio, é considerada prática ilegal.
DUOPÓLIO: É um caso particular de oligopólio em que existem apenas dois vendedores de determinada mercadoria ou serviço. Em muitos casos, entram em acordo (colusão) para estabelecer preços únicos, fatias de participação no mercado, criando uma situação equivalente ao do monopólio.
DUOPSÔNIO: Quando existem apenas dois compradores de determinada mercadoria ou serviço num determinado mercado. V. duopólio.
EMPRESAS EM REDE: V. rede.
EQUITY: (Ing.) Ação ordinária. Excedente do ativo sobre o passivo, ou seja, o patrimônio líquido de uma empresa. O capital social acrescido do excedente numa Sociedade Anônima.
ESTRATÉGIA DE ACORDO: V. acordo.
ESTRATÉGIA DE ALIANÇA: V. aliança.
ESTRATÉGIA FINANCEIRA: Administração executada pelo mais elevado nível hierárquico de uma empresa (ou grupo) de seus fundos internos e dos fundos externos a que ela (ele) tem acesso no que diz respeito aos processos de investimento, crescimento externo e mudanças significativas na participação acionária de outras empresas (de dentro ou de fora do grupo).
ESTRUTURA DE CAPITAL: Natureza dos principais acionistas (investidor institucional, público, bancos etc.), a forma de controle (v. grupo de controle) bem como o grau de concentração (ou dispersão) da propriedade acionária.
ESTRUTURA DE ENDIVIDAMENTO: Nível de utilização de fundos externos que implicam em passivos financeiros. Refere-se também ao grau de dependência com relação ao sistema bancário e/ou bancos em particular.
FINANCEIRIZAÇÃO: Tendência de longo prazo a uma crescente intermediação financeira dos (também crescentes) volumes de poupança, sobretudo das famílias. Num sentido teórico mais preciso, é o patamar atingido pela dominância financeira no capitalismo contemporâneo (desde fins dos anos 60 nos EUA, mais recentemente nos demais países desenvolvidos) que expressa as formas de definir, gerir e realizar a riqueza nas quais a função financeira das firmas, incluindo as firmas não-financeiras, se torna predominante. É intrínseco ao processo de # a importância crescente dos circuitos internacionais no conjunto da riqueza financeira.
FIRMA EM REDE: V. rede.
FIRME-RÉSEAU (Fr.) : V. rede.
FORDISMO: Regime de Acumulação (Intensivo) que caracteriza o modo de produção capitalista depois da Segunda Guerra Mundial, nos países do centro. Sucintamente, seus traços mais importantes são os seguintes: Norma de Produção baseada no desenvolvimento da divisão do trabalho, com extrema compartimentalização de funções, uso intensivo de mecanização e de mão-de-obra não/pouco qualificada; ganhos de produtividade são dependentes de aumentos de escala. A Norma de Consumo dos trabalhadores, de massa, estandardizada, é regulada pelos Convênios Coletivos de Trabalho que visam a condicionar os aumentos de salário aos ganhos de produtividade em troca do consentimento à direção fabril de grande liberdade na fixação das Normas de Produção; difere também do período anterior (de Acumulação Extensiva) pela introdução de um Salário Indireto, também negociado. Quanto à política econômica, caracteriza-se pela adoção do keynesianismo, com políticas fiscais ativas e moedas fiduciárias.
FUNÇÃO FINANCEIRA: Resulta da combinação entre gestão financeira e estratégia financeira. Conjunto de rotinas de uma firma ou grupo, centralizadas hierarquicamente no caso da estratégia mas não necessariamente no caso da gestão, que organizam a mobilidade funcional do capital, tanto para dentro da estrutura empresarial (gestão) quanto para fora, isto é, para o crescimento externo e interno (estratégia).
FUNDO DE PENSÃO: Reunião de fundos de pequenos poupadores que devem custear uma pensão mensal aos investidores após um certo período de tempo. Os recursos assim reunidos são aplicados em diversos tipos de ativos segundo regras governamentais que variam de país para país. São agentes particularmente importantes nos mercados de capitais dos países desenvolvidos, embora seu crescimento também possa ser detectado em outros países. São o mais importante tipo de investidor institucional nos EUA e outros países do centro. Embora raramente usem seu forte poder financeiro para controlar empresas diretamente, tem tido uma postura cada vez mais ativa nos mercados de capitais no sentido de exigir políticas de rentabilidade e valorização de curto prazo das ações por parte das SAs.
FUNDO MÚTUO (DE INVESTIMENTO): Reunião de recursos de diversos investidores (cotistas) administrado por uma corretora ou banco de investimento e aplicados em ações, títulos e valores mobiliários; os rendimentos são distribuídos conforme a proporção das cotas.
FUNDO PÚBLICO: Conjunto de recursos monetários, de propriedade e/ou posse tanto pública quanto privada cujo movimento (surgimento, circulação, uso final etc.) não está determinado por uma lógica exclusivamente privada, mas, ao contrário, inclui algum elemento compulsório, incentivo ou regulamentação estabelecido no âmbito público. Inclui os recursos fiscais e similares, tais como, contribuições sociais, taxas etc. Este circuito de renda, juntamente com sua contrapartida de gastos/deduções (previdência social, gastos públicos em geral, incentivos fiscais, subsídios de crédito e outros) conformam aquilo que comumente se chama de fundos públicos. A estes se deve adicionar os fundos que não saem da órbita privada mas nela se movimentam segundo algum tipo de discricionariedade, como os fundos fiscais (o extinto Fundo 157), o racionamento de crédito dos bancos comerciais (privados) para setores designados (exportações, agricultura etc.) e isenções fiscais que são condicionadas à realização de gastos (numa determinada proporção do volume isento) específicos, em pesquisa e desenvolvimento, treinamento de mão-de-obra, obras culturais etc.
FUNDOS EXTERNOS: Recursos obtidos por uma empresa para suas atividades correntes e/ou de investimento, mediante empréstimos no sistema bancário, debêntures, lançamento e venda de ações etc.
FUNDOS INTERNOS: Recursos gerados por uma empresa através de seus lucros operacionais e não operacionais livres, utilizados para ampliação do capital de giro e/ou investimento, isto é, para o autofinanciamento.
FUSÃO: União de duas ou mais empresas antes independentes do ponto de vista jurídico, formando uma única empresa que as sucede completamente em termos de direitos e obrigações. O termo é utilizado normalmente para designar a união de empresas que antes possuíam controladores diferentes, ou seja, seu uso regular desconsidera as reestruturações administrativas que eliminam a independência jurídica (isto é, personalidade jurídica) de uma ou mais empresas de um mesmo grupo, ou seja, já controladas pelos mesmos proprietários.
GESTÃO FINANCEIRA: Conjunto de rotinas de uma firma ou grupo, centralizadas hierarquicamente ou não, que se ocupam da aplicação do fluxo de caixa em termos de composição de carteira: colocações acionárias (segundo uma lógica de rentabilidade), especulação com estoques e/ou moedas, compra e venda de ativos financeiros etc.
GRUPO DE CONTROLE: Indivíduo, família, coalizão de indivíduos (com ou sem laços de parentesco), pessoas jurídicas de direito privado ou público que exercem, em última instância (isto é, desconsiderando os elos intermediários de propriedade), o controle acionário sobre uma empresa ou grupo econômico, em oposição ao acionista provedor de fundos. Conforme a distribuição das ações ordinárias, a forma do controle pode se dar de vários modos. Os mais empregados pela literatura são os seguintes: # absoluto: aquele que normalmente possui mais de 80% das ações ordinárias, não existindo portanto nenhum grupo potencialmente hostil que possa se opor a qualquer de suas decisões; # majoritário: mais de 50% das ações, permitindo total liberdade de decisões ao #, ainda que possa existir uma oposição minoritária (em geral, superior a um terço dos votos) no que diz respeito a fusões e aquisições e outras formas de mudança societária; # minoritário: menos de 50% das ações, porém não existe nenhum outro grupo que detenha, isoladamente, uma proporção maior dos votos. V. constelação de interesses.
GRUPO ECONÔMICO: Conjunto de empresas subordinadas a um centro único de decisões que, através de ligações financeiras, pessoais e (sobretudo) de propriedade acionária é capaz de exercer o poder, no mínimo, em termos estratégicos (investimentos, base tecnológica, estratégia financeira etc.). O formato jurídico da articulação das partes ao centro de decisão pode variar, mas assume normalmente a forma de holding.
GRUPO FINANCEIRO: Genericamente, qualquer grupo econômico que possua um componente bancário ou financeiro importante. Sobretudo no Brasil, devido à escassa interpenetração entre banco e indústria, o termo se refere aos conglomerados bancários com atuação diversificada. Num sentido teórico mais preciso, o # se constitui a partir da fusão entre capital bancário e capital industrial, sendo portanto, a expressão concreta do capital financeiro. Neste sentido, é possível distinguir entre #s com dominância bancária e com dominância industrial. No primeiro caso, estão as grandes empresas industriais subordinadas aos grandes grupos bancários; no segundo, complexos industriais que lograram desenvolver seus próprios centros financeiros, inclusive bancos não bancos.
Hedge: (Ing.) Salvaguarda, procedimento adotado para evitar prejuízos com flutuações de preços de ativos (sobretudo commodities e moedas). Consiste basicamente na tomada de posições a termo de ativos que se espera possam ter uma variação significativa de preço e que serão necessários em momentos futuros, ou seja, normalmente envolve consecução simultânea de duas operações que se anulam mutuamente, restringindo o potencial de perdas devido a variações futuras de preços/cotações de ativos.
HEGEMONIA FINANCEIRA: Conjunto de processos que permitem aos agentes que dispõem de grandes somas de capital controlar ou influenciar as decisões de outros agentes. Na prática dos países desenvolvidos, significa a # dos grandes bancos e instituições financeiras a eles vinculados devido a sua capacidade, isoladamente ou de forma coordenada, de mobilizar capital tanto na compra de ações quanto para o fornecimento de empréstimos.
HOLDING: (do Ing. Holding company) Empresa que detém a maioria das ações e/ou a maioria dos votos de outra(s) empresa(s) (que por isto se denomina subsidiária ou controlada) e, portanto, seu controle. É chamada de # pura quando não realiza atividades produtivas e seu capital é composto basicamente das ações de suas controladas; em oposição a # mista que alia a estas as funções as atividades típicas de controle e centralização financeira bem como outras atividades.
INCORPORAÇÃO: Aquisição que implica simultaneamente no desaparecimento da empresa adquirida enquanto unidade juridicamente independente.
INTERLOCKING DIRECTORSHIP: (Ing.) Participação cruzada em diretoria. Ocorre quando uma pessoa participa na diretoria de duas ou mais empresas, servindo como canal de comunicação e, possivelmente, de coordenação entre elas.
INTERLOCKING OWNERSHIP: (Ing.) Participação acionária cruzada. Ocorre quando duas (ou mais) empresas possuem ações uma(s) da outra(s) em proporções significativas. Quando ocorre de forma sistemática dentro de um grupo econômico, como forma de manter sua coesão, como no caso do keiretsu japonês, pode-se falar num sistema de participações alinhadas (aligned participations).
INVESTIDOR INSTITUCIONAL: Pessoa jurídica que administra recursos de terceiros e cuja composição de aplicações é regulada pelo Estado, com o objetivo de garantir patamares razoáveis e estáveis de rentabilidade no longo prazo. São #s os fundos de pensão, as companhias de seguros e os fundos mútuos.
JOINT-VENTURE: (Ing.) (Literalmente: risco partilhado) Associação entre duas ou mais empresas que resulta necessariamente na formação de uma terceira empresa. Em geral é motivada pelo interesse comum na condução de um projeto específico, seja ele um produto ou a exploração de um mercado específico. Normalmente sua composição acionária equilibra o poder entre as empresas controladoras (50%-50%, 33%-33%-33% etc.)
KEIRETSU: Grupo econômico japonês que resulta da reestruturação dos antigos zaibatsu no pós-guerra. Além de outros menores, os 6 principais #s são conglomerados extremamente diversificados que atuam em virtualmente todos os setores da indústria, além de mineração, transportes etc. Compõem também o # um banco comercial (main bank ou city bank) e outras instituições financeiras (companhias de seguro, bancos de investimento etc.) bem como uma trading company (sogoshosha) atuando em benefício do conjunto do grupo. As empresas do # mantém relações recíprocas em termos de participação acionária, crédito, comércio e membros de diretorias. Os principais #s são os seguintes: Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo, Fuyo (Fuji Bank), Dai-Ichi Kangyo (DKB) e Sanwa. V. Zaibatsu, Kigyoshudan e Interlocking Ownership.)
KIGYOSHUDAN: Termo mais preciso, porém pouco usado no Ocidente, para designar os grupos econômicos japoneses do pós-guerra. O termo mais adotado é o de keiretsu.
LIMIAR DE CONTROLE: Quantidade mínima de ações ordinárias necessárias para assegurar o controle de uma empresa ou grupo econômico. Depende da quantidade de ações em poder de grupos rivais e da capacidade de estabelecer alianças com outros acionistas e de influenciar os acionistas provedores de fundos.
MERCADO CAMBIAL: Instituições que realizam a conversão da moeda nacional em divisas estrangeiras e vice-versa em operações relacionadas ao comércio externo de bens e serviços.
MERCADO DE CAPITAIS: Conjunto de instituições que fornece capital de longo prazo. Inclui as Bolsas de Valores, bancos, seguradoras etc.
MERCADO DE CRÉDITO: Conjunto de instituições (bancárias e não bancárias) que fornece capital de curto prazo, tanto para o consumo quanto para o capital de giro das empresas, além de atuarem no mercado de títulos públicos.
MERCADO FINANCEIRO: É o conjunto formado pelo mercado cambial, o mercado de capitais, o mercado de crédito e o mercado monetário.
MERCADO MONETÁRIO: Instituições que realizam operações de crédito de curto e curtíssimo prazo para a cobertura de desencaixes momentâneos dos agentes econômicos, aí incluídos o Tesouro Nacional e os próprios bancos. Serve como principal instrumento de regulação da liquidez da economia para o banco central, através da compra e venda de títulos públicos.
MERGER: (Ing.) Fusão.
MONOPÓLIO: Estrutura de mercado em que uma única empresa ou grupo de empresas sob controle único dominam a oferta de determinado produto ou serviço num determinado mercado. # natural, quando as condições técnicas da produção (basicamente as economias de escala e os elevados custos fixos) fazem com que a existência de uma única empresa seja a solução mais eficiente em termos de redução de custos. # legal, quando imposto por regulamentação pública.
MONOPSÔNIO: Uma situação em que existe somente um comprador de determinada mercadoria ou serviço num determinado mercado. V. monopólio.
NOMINEE: (Ing.) acionista nominal.
OFERTA PÚBLICA DE COMPRA (OPC): Intenção publicamente manifesta por parte de um grupo de controle em potencial pela compra de ações de uma empresa, em geral, preestabelecendo condições, como o preço, quantidade mínima ou máxima a ser adquirida etc. O objetivo é a ampliação significativa na participação acionária com direito a voto, quase sempre, objetivando o controle.
OFFRE PUBLIQUE D'ACHAT (O.P.A.) : (Fr.) V. Oferta Pública de Compra.
OLIGOPÓLIO: Estrutura de mercado na qual um pequeno grupo de empresas controla parcela expressiva da oferta de produtos e serviços. Mesmo que haja um número grande empresas no mercado, o fundamental é que a competição entre as maiores empresas tem de levar em conta, de forma sistemática, a presença e a reação de outros concorrentes de porte e competitividade semelhante. Pode-se falar de vários tipos de #: puro, com mercadorias homogêneas, plantas de grande porte, fortes economias de escala; diferenciado, com diferenciação de produtos, progresso técnico mais intenso; competitivo, onde há a coexistência de poucas e grandes firmas com outras, mais numerosas, de portes variados.
OLIGOPSÔNIO: Estrutura de mercado em que poucas empresas, de grande porte, são as compradoras de determinada matéria-prima ou produto primário. O oligopsônio pode ocorrer de duas maneiras: quando um mercado comprador é muito concentrado, com poucas e grandes empresas negociando com muitos pequenos produtores atomizados, ou quando tanto o mercado consumidor como o mercado vendedor são concentrados, situação conhecida por # bilateral.
OPC: V. Oferta Pública de Compra.
P/L: Relação entre o preço e o lucro de uma ação, isto é, o custo de sua aquisição e o fluxo de dividendos somado à valorização que ela proporciona. Indica o número de anos necessários para que o investidor recupere, dados os lucros correntes, o capital investido.
PERFIL FINANCEIRO: Situação de uma firma que, a cada momento do tempo, é resultado de sua estratégia financeira, em termos de sua estrutura de capital, estrutura de endividamento e de sua diversificação.
PREÇO/VALOR PATRIMONIAL: Proporção entre o valor da ação no mercado e o valor patrimonial da empresa já dividido pelo número de ações.
PRIMEIRA LINHA, AÇÕES DE: V. Blue Chips.
PROXY FIGHT: (Ing.) Disputa entre acionistas pelo uso de procurações obtidas junto aos Acionistas Provedores de Fundos com o objetivo de conquistar o controle de uma empresa, muito comum nos EUA.
PYRAMIDING: (Ing.) Controle de massas de capital muito mais amplas do que o capital próprio mediante o uso de holdings. É devido à existência de uma proporção considerável de ações preferenciais (sobretudo no Brasil) e da pulverização da propriedade acionária (nos países desenvolvidos) que se torna possível, através do empilhamento de elos intermediários de controle acionário, estabelecer estas estruturas piramidais de controle. Exemplificando: se a companhia A controla B com 51% dos votos e B controla C com outros 51%, então A pode controlar C com apenas 26% do capital. Supondo uma proporção de 50% de ações ordinárias nas 3 companhias, e que a o controlador de A só possua ações deste tipo, então ele poderá controlar C com apenas 13% de seu capital total.
QUASE-DINHEIRO: Títulos que resultam de inovações financeiras e visam a conciliar vantagens que, de um modo geral, são mutuamente excludentes, em termos de rentabilidade, risco e liquidez. O nome deriva do fato de serem ativos quase tão líquidos quanto a moeda e, ao contrário desta, apresentarem algum nível de rentabilidade.
REDE, FIRMA/EMPRESA EM: Complexos de empresas, tanto na indústria quanto em serviços, nos quais um contratante principal organiza um conjunto de empresas de diversos tamanhos, mediante o mecanismo de sub-contratação ou não, formando uma linha coesa de produtos e/ou serviços.
SA: V. sociedade anônima.
SECURITIES: (Ing.) Título que representa um valor mobiliário (ações ordinárias ou preferenciais, títulos da dívida pública, etc.).
SEGUNDA LINHA, AÇÕES DE: Ações de empresas menores, tanto por seu tamanho quanto pelo volume das ações negociadas, mas com bom desempenho econômico e financeiro.
SOCIEDADE ANÔNIMA: Empresa formada por no mínimo sete sócios, sendo que o capital de cada um corresponde à proporção dos votos possuídos. Essas ações definem igualmente o valor máximo de responsabilidade de cada sócio, em caso de falência ou danos causados pela SA a terceiros. Deve necessariamente incorporar o termo # em seu nome, ou o termo companhia.
SOCIEDADE LIMITADA: Empresa constituída por cotas de responsabilidade limitada, que definem o valor máximo da responsabilidade de cada sócio. O nome da empresa deve sempre ser seguida da palavra Limitada ou Ltda.
STRATÉGIE DE GRAPPE TECHNOLOGIQUE : (Fr.) V. diversificação.
STRAW: (Ing.) Acionista nominal.
STREET NAME: (Ing.) Acionista nominal.
SUB-CONTRATAÇÃO: Qualquer contrato que implique no fornecimento de bens e serviços por parte de uma empresa com relação a outra. Mais especificamente, no contexto da formação de firmas em rede, designa a relação de independência jurídica (e de propriedade) acompanhada ou não de dependência econômica entre uma empresa subcontratada e sua contratante, que absorve a totalidade ou a parte essencial de suas vendas. V. acordo, estratégia de.
SUBSCRIÇÃO: Lançamentos de ações, debêntures ou outros títulos por instituições financeiras que se comprometem a adiantar o capital, e/ou a adquirir a parte dos títulos não absorvidos pelo mercado ou, ao menos, a empreender esforços para minimizar os eventuais problemas de venda dos títulos.
SUBSIDIÁRIA: Empresa controlada majoritariamente por outra empresa. # integral, quando só um possui um único acionista.
TÍTULO: Documento de propriedade de um bem ou valor que não está em poder do titular. Dividem-se em #s comerciais, de prazo curto, ao fim do qual dá o direito de receber o valor por ele representado (letra de câmbio, nota promissória, duplicata etc.) e #s de renda de vencimento a longo prazo e que dá direito a rendimentos (debêntures, #s da dívida pública). Similares a estes são os #s irresgatáveis, não datados, que oferecem apenas rendimentos, sendo possível recuperar a aplicação apenas pela venda no mercado (ações etc.). Dividem-se também em nominativos, quando o proprietário é identificado, e ao portador, que podem ser livremente negociados, independente de qualquer endosso ou identificação do proprietário.
TOYOTISMO: Mudanças na Norma de Produção do Fordismo, sobretudo no Japão, a partir dos anos 70. Implica em menor compartimentalização de funções, com maior ênfase na função de Pesquisa e Desenvolvimento; maior flexibilidade no atendimento às preferências dos consumidores com ênfase no controle de qualidade; menor número de hierarquias administrativas; maior qualificação e participação da força de trabalho como pressuposto dos ganhos de produtividade; fornecimento a partir de redes de subcontratação, fazendo uso de just-in-time e kan-ban.
TRUST: (Ing.) Ativos mantidos por pessoa física ou jurídica em benefício de terceiro(s). Nos EUA e na Inglaterra, esta função é desempenhada por Companhias de # (trustees) que, além das funções bancárias comuns, agem como intermediários, investidores etc. Bank # Departments: Departamentos de # dos grandes bancos comerciais, sobretudo nos EUA e RU que permitem a eles controlar (mas não possuir) grandes massas de ações com recursos de terceiros a ponto de lhes permitir uma posição de destaque como investidores institucionais a partir dos anos 60.
TRUSTEE: V. Trust.
UNDERWRITING: (Ing.) Subscrição.
WARRANT: (Ing.) Título negociável emitido por companhias de armazéns que representam as mercadorias ali depositadas. No mercado de capitais, é um documento que garante aos acionistas, com prazo e preço determinados, a aquisição de lotes adicionais de ações.
ZAIBATSU: Grupo econômico diversificado e controlado por holdings familiares que dominaram a economia japonesa desde o final do século XIX até a Segunda Guerra Mundial. Além das diversas empresas industriais, incluía atividades bancárias e de vendas centralizadas para o conjunto do conglomerado. Sua estrutura piramidal garantia às famílias o papel de centro aglutinador do grupo.
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DE ECONOMIA
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