Projeto Gráfico

Disciplina: Projeto Gráfico
Curso: Design Gráfico 

Turma GCE1440106NNA
Disciplina (GSER940900) - PROJETO GRÁFICO 
Professor: João Rafael de Ulhôa Cintra Lopes
Endereço CV Lattes (atualizado em dez/18

Carga Horária teórica 20h / prática 40h Limite de Faltas 15 (25% da carga horária)
Ementa

Conceitos e modos de pensar o design e o desenvolvimento de projetos de design, considerando sua especificidade e interação com várias áreas do conhecimento, através de dinâmica que integra as disciplinas do curso. Aplicação de metodologias para a criação em design.
• Compreender os elementos do discurso visual;
• Conhecer a semântica da linguagem visual.

A definição da linha de criação e objetivos do projeto repercute na fase seguinte da definição de ideias, dos materiais e dos formatos, ao passo que a elaboração de materiais gráficos, a partir da definição de um briefing estratégico, com informações-chave, orienta a concepção das peças gráficas, conforme os respectivos públicos-alvo, os clientes-alvo, a mensagem desejada e a linguagem comunicacional adotada. 
Na fase de produção se inicia a partir da aprovação da ideia, inaugurando a diagramação, a produção técnica, a impressão do material e todos os processos de acabamento.

Serão ressaltados entretanto:
  • Noções de produção, tecnologias e qualidade em produção gráfica;
  • Conceitos de Cronograma de Ações e Atividades; 
  • Gestão do tempo; 
  • Gestão de orçamentos; 
  • Controle de programas e etapas do projeto; 
  • Gestão de pessoas e equipes; 
  • Conhecimentos de projetos gráficos. 
Conteúdo programático
UNIDADE I: 
Tipologia
Cor
Grid
Equilíbrio

UNIDADE II: 
Variações estéticas 
Concordância
Legibilidade

Competências: 
  • Discernir acerca dos diversos processos de produção gráfica e distintas tecnologias;
  • Desenvolver design em conformidade com diversidade local e disponibilidade ambiental; 
  • Saber gerir projetos de design (produtos, sistemas e serviços) com análise sistêmica e atuação multidisciplinar; 
  • Diagnosticar, conceituar, gerar alternativas, desenvolver, implementar e avaliar resultados de projetos de design (produtos, sistemas e serviços); 
  • Conhecer e aplicar os princípios de gestão em processos de produção gráfica; 
  • Delegar o orçamento em projetos gráficos e sua melhor utilização; 
  • Ter boas noções de relacionamento interpessoal a fim de cumprir trâmites diversos, fazer acompanhamento dos processos, gerir recursos e cronogramas, visando qualidade profissional em produção gráfica. 
Habilidades:
  • Identificar as personagens e seus papeis na produção de materiais gráficos; 
  • Observar e utilizar as melhores práticas de projetos visando à produção gráfica; 
  • Utilização de cronogramas para controles de etapas, objetivos e metas; 
  • Realizar projetos gráficos, por meio de um cronograma, bem como gestão de recursos financeiros e metas previamente definidos. 
Metodologia de ensino e aprendizagem
A disciplina, dependendo de sua natureza, pode ser ministrada através de conteúdos teóricos, conteúdos práticos, aulas de campo em instituições específicas e ainda pode utilizar recursos de exposições dialogadas, grupos de discussão, seminários, debates competitivos, apresentação e discussão de filmes e casos práticos, onde os conteúdos podem ser trabalhados mais dinamicamente, estimulando o senso crítico e científico dos alunos.

Metodologia de avaliação
No decorrer de cada período letivo são desenvolvidas 02 (duas) avaliações por disciplina, para efeito do cálculo da média parcial. A média parcial é calculada pela média aritmética das duas avaliações efetuadas. O aluno que alcançar a média parcial maior ou igual a 7,0 (sete) é considerado aprovado. O aluno que não alcançar a média parcial faz em exame final onde precisa alcançar média final maior ou igual a 5,0. São aplicadas avaliações dos tipos: provas teóricas, provas práticas, seminários, trabalhos individuais ou em grupo e outras atividades em classe e extraclasse. O exame final é, obrigatoriamente, prova escrita.

Recursos áudio visuais
Lousa branca;
Laboratório de informática;
Projetor Multimídia.
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Orçamento de Design e Documentos de Processo

TABELA REFERENCIAL DE VALORES 2016/2018 ADEGRAF (download PDF)
Modelo de Contrato (download .doc)
Tabela de Cargos e Salários 2018



Bibliografia de Metodologia de Projeto
BAXTER M. ; Projeto de Produto, São Paulo. 1998, 
KELLEY, T.; A Arte da Inovação, São Paulo, Futura, 2001.
CLEALAND, D.I. & IRELAND, L.R.;Gerência de Projetos, Rio de Janeiro, Reichmann & Affonso Ed., 2002.
BÜRDEK, B.E. Históri, Teoria e Prática do Design. S.Paulo. Blücher, 2006.




ROI - Retun On Investment

Para uma estimativa pragmática do design, ou seja, o viés mercadológico em vias de fato, ainda, em que não haja hiato na compreensão totalitária do Design, o ROI - Retun On Investment é um parâmetro foco, a finalidade última, o utilitarismo.

O ROI orienta desde a interpretação logística da produção até a oferta ao consumidor final. A partir dessa ponte, a argumentação e justificativa do projeto ganha proporções em diversos aspectos.
Tal perspectiva pragmática demonstra os bens tangíveis e intangíveis, que são as vantagens obtidas pelo cliente (investidor ou comprador do projeto) e vantagens obtidas pelo usuário final (consumidor):
benefícios alcançados; branding (reputação e solidificação da marca); incremento de vendas; aumento de ticket-médio; lucratividade; conquista de novos públicos e novos mercados; novas formas de uso; novas formas de uso; inovação; posicionamento do produto / linguagem adotada pelo design frente aos públicos, etc.
Contudo, muitos desses quesitos, e outros encontrados por cada designer, conforme a realidade pesquisada em cada trabalho, já estão contemplados nos projetos, embora dificilmente são apresentados objetivamente ou didaticamente.


Há uma enorme sobreposição da estética (sintaxe) do design sobre a semântica (significado), mas que com o incremento dessa terceira via, a pragmática (propósito/finalidade), o design reforça e equilibra esses três pilares fundamentais. É importante pra um aluno egresso do design entender a importância dessa correlação, ainda que seja hipotética, ou com base nas informações que eles já levantaram para tornar familiar a linguagem que encontrarão no mercado de trabalho nos processos e trâmites diversos entre clientes, fornecedores, parceiros e usuários.


ROI - Retun On Investment - AV2
  • 2 páginas no manual 
  • modelo fornecido

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Como mensurar o ROI de um projeto?
                                                                                   
Lucrar mais, evitar os riscos e conhecer a verdadeira rentabilidade de uma iniciativa são ingredientes que aguçam qualquer gestor, não é mesmo? Justamente por isso, saber calcular o Retorno de Investimento de projetos traz inúmeras vantagens para qualquer ação de uma empresa. Uma das mais clássicas metodologias para estimar o potencial de um investimento, esse indicador é também muito prático e fácil de trabalhar. Ao contrário de outros cálculos, ele não requer procedimentos complexos. Enfim, trata-se de um método compreensível para antever os ganhos e evitar as perdas.
                                                                                   
Entenda o conceito
O ROI (Return On Investment ou, em português, Retorno Sobre Investimento) é uma das maneiras mais tradicionais de se fazer a previsão dos prováveis proventos até pela facilidade de sua utilização. Grosso modo, ele aponta uma relação entre o capital investido e os possíveis ganhos. Outras operações, como o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Payback, exigem processos intrincados, que podem ser difíceis demais para quem não é da área econômica, financeira ou de contabilidade.
Já o Retorno de Investimentos de projetos mantém uma precisão bastante alta, mas dispensando contas baseadas em muitos detalhes numéricos. A correlação entre dinheiro aplicado e lucro, na verdade, é como uma radiografia da aptidão de uma iniciativa qualquer para alcançar o sucesso. Organizações que utilizam a taxa conseguem projetos mais eficazes justamente porque aliam a ousadia aos pés no chão ao decidir sobre novos investimentos, negócios e expansões. Além de medir as chances de êxito, o parâmetro mostra onde estão os erros e as distorções. Assim, num cenário em que algo não está dando certo, as boas práticas de administração recomendam o monitoramento do índice. O ROI permite detectar os principais gargalos de produção de uma companhia. Por meio dele, os líderes podem enxergar os departamentos que mais lucram e os que mais dão prejuízo, por exemplo.
                                                                                   
Calcular o Retorno de Investimento de projetos
Como já foi mencionado, o método para calcular o ROI é simples, e deve seguir esta fórmula:
(Ganhos obtidos – gastos) / Gastos x 100
Traduzindo: encontre primeiro as expectativas de lucro de um empreendimento e reduza, desse total, aquilo que a organização investiu para viabilizá-lo. O resultado dessa subtração deve ser dividido pela quantidade despendida, e o quociente (solução que surge depois da divisão) precisa ser multiplicado por cem. Vejamos um exemplo mais prático: suponha que uma indústria obteve proventos de 100 mil reais mediante a aplicação de 10 mil. Nesse caso, a conta ficaria:
(100.000-10.000) / 10.000 x 100.
Assim, o Retorno de Investimento de projetos obtido foi de 900% — ou nove vezes o valor aplicado. Se o ROI fosse de 30%, isso significaria que a cada 100 reais injetados seriam retornados outros 130, dos quais 30 seriam de lucro. Simples, não? Calcular essa projeção é elementar, mas computar os ganhos e todo capital aplicado, sem deixar nenhum item de fora, talvez não seja tão acessível assim. Por isso, há uma lista com três passos que servem de apoio preliminar.
                                                                                   
1. Defina o valor do investimento
Embora o cálculo do ROI seja relativamente fácil, será necessário encontrar o valor do investimento e da perspectiva de ganhos. Para obter o quanto de capital foi empregado, inclua os custos diretos adicionais de infraestrutura e de mão de obra, como aquisição de equipamentos, máquinas e softwares, treinamentos, seleção de novos profissionais e reformas de instalações. Em seguida, faça uma estimativa sobre as despesas permanentes, aquelas que serão incorporadas aos custeios da firma para que o produto ou serviço seja disponibilizado ao mercado. Nessa conta entram dados como novos profissionais contratados, aluguel para acomodações, assinaturas para uso de softwares, manutenção, energia elétrica, água, entre outros.
                                                                                   
2. Estabeleça os ganhos
Esta é a fase na qual serão efetuadas as aferições de rendimentos. E o segredo, aqui, é inserir no bolo as expectativas de redução de custos que, ao final, representarão economia e menos gastos. Por exemplo: a instituição adotou um sistema para captar água da chuva e utilizá-la no processo de produção. Com isso, existe a probabilidade de uma redução de 15% no consumo mensal de água da companhia. E essa diminuição entra como ganho — bem como, evidentemente, as previsões de novas receitas.
                                                                                   
3. Estipule ROIs para, pelo menos, três cenários diferentes
Outra dica importante é recordar que a administração é ciência, não magia. Lembre-se que nem mesmo as agências de risco norte-americanas foram capazes de antecipar a bolha no setor imobiliário dos Estados Unidos em 2008. Por isso, seja cauteloso em suas previsões. Ao estabelecer, pelo menos, três enquadramentos para a economia, sua organização terá menores chances de desvios na hora de encontrar o indicador. Imagine, então, um quadro pessimista, um realista e outro otimista. Na prática, na hora de fechar as contas, você deve jogar para baixo as conjecturas sobre os ganhos no contexto menos favorável e, ao mesmo tempo, ampliar as chances de haver mais gastos nesse quadro mais hostil. No cálculo realista, insira informações mais próximas do cotidiano mesmo. Já na última hipótese, na qual são programados resultados mais animadores, faça o contrário: aumente suas perspectivas de ganhos e reduza as de despesas.
Além disso, vale ressaltar que, na atual conjuntura brasileira, há muitas dificuldades de se realizar prognósticos — até para economistas renomados. Isso porque a economia é diretamente afetada pela situação política: por causa da demanda por obras públicas, pela legislação que rege os segmentos e pela baixa confiança dos investidores em circunstâncias de incertezas. Por essas razões, boa parte das empresas está preferindo aderir aos aplicativos especializados para calcular o ROI. Seja qual for a sua escolha, o índice será muito útil para manter o posicionamento da firma no mercado, assim como para tentar elevá-lo.
                                                                                   
Conheça as aplicações práticas
Já dizia o poeta Fernando Pessoa: “tudo vale a pena se a alma não é pequena” — mas, no mundo dos negócios, não é bem assim. Cada vez mais tem sido exigida de profissionais de gestão a habilidade de identificar os possíveis riscos. É um talento para poucos, mas muito apreciado em qualquer ramo. E o que isso tem a ver com o ROI? É que, na prática, o índice mostrará se um negócio vale a pena ou não. Outro apontamento dessa projeção é a eficácia de determinada ação para alcançar um objetivo específico. Até porque, com a análise, é possível comparar as opções de transações comerciais entre si e obter um prenúncio de qual delas oferece o maior potencial de lucratividade. Bom, o conceito do índice se ampliou nos últimos, e vem abrigando novas aplicações.
Hoje, é viável usar o Retorno de Investimentos de projetos tanto de forma global, como em tarefas e iniciativas segmentadas. Assim, fica fácil perceber qual das filiais de uma rede vem conseguindo mais destaque positivo, por exemplo. Também é simples descobrir qual delas tem mais prejuízos ou menor rendimento. Com esse quadro bem definido, torna-se mais provável o encontro de soluções para as unidades em que estão os problemas mais graves. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, a empresa terá ainda mais condições de potencializar as áreas que já são um sucesso atualmente. E é por isso que o ROI é uma das ferramentas mais práticas para amparar novos empreendimentos. Muitos profissionais de gestão de projetos têm dificuldades de visualizar a performance, e até de conhecer a verdadeira rentabilidade dos processos. Se for o seu caso, essa taxa vai ser a melhor opção, porque pode incidir sobre todo um projeto, ou seja, uma realização empresarial com início, meio e fim.
Quanto ao cálculo, valem as mesmas regras, seja para uma companhia, globalmente, ou para um setor específico de uma instituição que tem andamento regular, permanente. Será necessário fazer a previsão de gastos e antever, com a máxima exatidão, os valores estimados de lucro.
Dessa forma, a avaliação de retorno mostrará o impacto financeiro do projeto, ajudará a definir as prioridades e medirá a eficiência e a influência dessa atividade em questão no sucesso de um negócio.
Por fim, essa análise ainda proporciona previsões sobre ações e objetivos mais difusos. Suponha que a meta, em vez de lucrar por meio de uma expansão ou do lançamento de um novo produto, por exemplo, seja a de melhorar a imagem corporativa e institucional de uma firma. Imagine ainda que a companhia, para alcançar tal propósito, está investindo pesado em marketing. Nesses casos, basta somar a quantia empregada nas estratégias de persuasão e programar quanto elas devem trazer de benefícios financeiros.
                                                                                   
Descubra a infinidade de ramos que pode ser beneficiada
Além do enquadramento global e setorizado de uma mesma organização, o ROI oferece a oportunidade de contemplar uma diversidade imensa de setores. O indicador tem serventia para projetos de tecnologia da informação, de indústrias papeleiras, de uma instituição da construção civil, de escolas, de lojas de varejo, e até mesmo de marketing. Afinal, como a propaganda serve a quase todos os setores da economia, o leque de opções da análise fica ainda mais aberto. Falando em publicidade, vejamos um exemplo que está muito na moda dentro da área: o marketing digital. Apenas para esse modo de propaganda, dá para calcular, no mínimo, cinco tipos de ROIs diferentes: um para o e-mail marketing, outro para as mídias sociais, um terceiro para as campanhas do Google AdWords, outro para o blog corporativo e, finalmente, um quinto específico para as técnicas de SEO (Search Engine Optimization, da sigla em inglês). Assim, ao aplicar a projeção sobre as táticas de marketing digital, serão encontradas respostas para perguntas como:
·     Qual canal gera mais lucro?
·     Qual tem maior visibilidade?
·     Qual deles tem taxas significativas de rejeição?
·     O atendimento ao cliente está contribuindo para a fidelização ou deixa a desejar?
·                                                                              
Também é uma alternativa adequar o ROI para empresas de tecnologia da informação. Nessa hipótese, no instante em que for calcular os gastos, procure levantar o volume de falhas em determinado período, o tempo médio para resolvê-las e o custo do sistema parado por hora. Acrescente esses dados nas contas sobre as despesas, use a mesma fórmula e chegue ao resultado específico para o ramo de TI. Ainda, o indicador pode ser aproveitado pela indústria, e não apenas na relação entre os produtos e os clientes. Há situações em que a análise é feita para circunstâncias muito específicas, como, por exemplo, para avaliar a eficácia do designer de uma embalagem.
As caixas de leite que substituíram as antigas sacolas de plástico, por exemplo, reduziram o desperdício de gigantes dos laticínios. O que houve foi uma melhora no método de estoque, que favoreceu as companhias — embora a praticidade das Tetra Park tenha trazido benefícios também aos compradores da mercadoria. Aliás, o recipiente que guarda um produto influi muito na hora de o consumidor fazer a escolha por ele. E o melhor disso é que é possível mensurar a capacidade de uma embalagem de atrair compradores pela taxa. Enfim, como podemos ver, o ROI tem a competência de efetuar projeções sobre qualquer ação, investimento ou empreendimento que tenha como propósito alcançar melhores rendimentos no futuro. Ele ressalta onde o trabalho está sendo bem-sucedido e os lugares ou estágios nos quais erros e desvios têm sido mais comuns. Grosso modo, ele oferece suporte técnico para que os profissionais exerçam na prática as suas vocações e competências. E é por isso que é um instrumento para aprimorar e aperfeiçoar as habilidades essenciais de líderes e de colaboradores.
Retorno de Investimento de projetos, portanto, proporciona mais condições para identificar e cortar gastos desnecessários, apoiar a detecção de erros e desvios, obter resultados positivos mais duradouros, dar suporte às tomadas de decisões e — o mais importante — para ajudar a aumentar os lucros. Então, se a sua empresa estiver à procura de crédito para um novo projeto, esse indicador vai contribuir para o convencimento do credor de que se trata de uma opção viável. Afinal, com o ROI em mãos, será possível demonstrar mais transparência e ética profissional.

projectbuilder.com.br em 28/09/2017
TCC II Design
15 de outubro de 2018

Prof. João Rafael U. C. Lopes

Inovação no gerenciamento de projetos: 

o design como novo orientador dos processos de planejamento e gestão

em 14/09/2016, por Alisson Duarte



Cardoso (2011) define que o “design nasceu com o firme propósito de pôr ordem na bagunça do mundo industrial”. Tal definição é justificada pela necessidade premente da nova sociedade industrial, que a partir da segunda metade do século 19, se encontra com o desafio de tornar os artefatos e produtos fabris mais atraentes e eficientes. A partir deste momento até os dias atuais a participação do design nos negócios vem se ampliando. O crescimento de tal participação pode beneficiar os processos de gestão das empresas no momento em que uma mentalidade orientada pelo design proporciona uma série de vantagens competitivas quando comparadas a outras formas de gestão. Além disto, coloca em foco um fator cada vez mais relevante para a tomada de decisões e estratégias: o ser humano.

Vivemos um momento onde empresas como IBM, HP, Google, Océ e tantas outras compartilham um entendimento de que design e negócios não são uma atividade distinta. Os dirigentes destas empresas perceberam que a função do design, em um mundo complexo como o atual, pode oferecer soluções que vão além dos aspectos funcionais e estéticos. O design tem sido entendido cada vez mais pelas empresas de ponta e os gestores inovadores como ferramenta que impacta os negócios e que favorece a tomada de decisões. Tal afirmativa parte da premissa de que uma gestão orientada pelo design proporcionaria um certo nível de clareza na imprecisão do mundo complexo.
Assim, torna-se cada vez mais competitivo um olhar mais atento, por parte das organizações e dos gestores, em torno de como os profissionais da área de design desenvolvem um modo de se orientarem e de desenvolver soluções nos mais diferenciados projetos. Além disto, lançar mão das ferramentas e técnicas comumente utilizadas pelos designers tem se mostrado aplicáveis nos mais diferentes segmentos, impactando positivamente os negócios e projetos.

Uma outra matriz mental proposta para a gestão de projetos
Mas afinal qual é o valor que o design pode entregar à gestão de projetos? Acreditamos que a mentalidade estabelecida no segmento de design para criar soluções, modelar produtos e serviços seria o primeiro grande valor a ser aplicado no gerenciamento de projetos. Em segundo lugar as ferramentas que são utilizadas neste segmento seria outro importante valor oferecido pelo design.
Entende-se a mentalidade do design como uma matriz mental no qual características como visão holística, pensamento integrativo, empatia, curiosidade, intuição, inteligência emocional e social, entre outras são fatores presentes na condução, pelo designer, do desenho de soluções, produtos e serviços. Muitas dessas características tem sido sinalizadas pelo próprio PMI – Project Management Institute como excelentes para a atribuição designada aos gerentes de projetos.


Desta forma a adoção de uma matriz mental orientada por tais fatores indica uma vantagem competitiva na direção dos projetos de qualquer natureza, possibilitando que o gerente de projetos possa, com tais características, realizar uma gestão mais assertiva. Citamos como exemplo a afirmação de Alexander Osterwalder – Coautor do livro Business Model Generation – quando informa que um bom designer leva em consideração diversas variáveis para se alcançar um resultado que pode ser transformado em um produto ou serviço. Essa capacidade de se pensar de forma holística favorece essa assertividade, no momento em que tal visão proporciona a inclusão de fatores que seriam ignoradas por um raciocínio mais analítico. Como informa Tennyson Pinheiro, Diretor do curso de Design Thinking da ESPM que confiar apenas na racionalidade e no universo analítico tem se mostrado arriscado na condução dos negócios.[1]
Em se tratando de ferramentas e processos orientados pelo design temos como referência o Design Thinking. Metodologia essa que tem sido utilizada pelas empresas mais inovadoras do mundo.
Partindo destas (e outras) características do universo dos designers é proposto pelo CEO da IDEO – Tim Brown – uma metodologia que fosse aplicável a qualquer tipo de negócio a fim de favorecer a inovação e o crescimento das empresas. Tal metodologia tem sido utilizada como base para a criação de diversas outras ferramentas como o próprio Business Model Generation, Business Design e o PlanD (planejamento orientado pelo Design), nossa proposta de aplicação do Design Thinking e Business Design na gestão de projetos.
O Design Thinking apresenta uma maneira de se estruturar a busca por soluções de um determinado problema ou mesmo a criação de algo novo – seja um produto ou serviço. Essa estruturação é realizada por meio de três espaços a saber: 
Inspiração: espaço de coleta de insights por meio das mais variadas fontes possíveis. 
Idealização: tradução dos insights por meio de ideias que serão utilizadas na próxima fase. 
Implementação: as ideias mais factíveis são implementadas por meio de um plano concreto de ação. 
Estes espaços acontecem de forma iterativa onde os profissionais podem lançar mão de uma série de recursos para realizar levantamento de dados, criação de soluções de forma colaborativa e suprir diversas outras demandas e necessidades inerentes ao planejamento e criação de um novo produto ou projeto.
Krigsman afirma ainda que a pratica do Design Thinking favorece à equipe de projetos a se estruturarem de forma a promover a integração, criatividade e o alinhamento dos participantes em torno de objetivos em comum.
Desta forma, partindo das possibilidades de valor que essa mentalidade orientada ao design juntamente com um estudo aprofundado do Design Thinking e Business Design podemos verificar que eles oferecem uma serie de conhecimento e práticas que pode favorecer a gestão de projetos em diversos sentidos como: 
Matriz mental inovadora: A aplicação do Design Thinking na gestão de projetos proporciona uma visão que fomenta a criatividade, colaboração e inovação no momento que estimula, na equipe, o pensamento sistêmico e integrativo, uma visão holística e uma abordagem em torno do ser humano. 
Alinhamento dos projetos com negócios: atualmente uma das responsabilidades do gerente de projetos e cuidar do alinhamento entre o que o projeto está entregando e se tais entregas representam o valor que o negócio deseja oferecer aos seus stakeholders (internos ou externos). As práticas do Design Thinking e Business Design, quando aplicados à gestão de projetos, favoreceriam esse alinhamento, uma vez que tais ferramentas proporcionam processos uteis para a verificação continua deste direcionamento. 
Estruturação para levantamento de requisitos: o PMI – Project Management Institute informa em seu relatório PMI Pulse – Gerenciamento de Requisitos do ano de 2014 demonstra por meio de uma ampla pesquisa o grande desperdício e falha de projetos provocados pela negligencia no levantamento e gestão de requisitos. Além disto o relatório mostra a importância das equipes de projeto realizarem o levantamento de requisitos de forma estruturada. Neste sentindo o Design Thinking apresentaria uma metodologia capaz de oferecer as bases para essa estruturação, uma vez que ele apresenta um caráter basilar de estruturação dos esforços de para a criação de produtos e serviços. 
Desta forma verificamos a grande potencialidade da aplicação das visões, práticas do Design Thinking e Business Design no cenário da gestão de projetos que podem impactar positivamente o gerenciamento dos empreendimentos a fim de tornar seu planejamento e gestão mais assertivos e alinhado ao negócio que os promovem.

[1] BROWN, Tim. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.Pág. Apresentação.
Sobre o colunista: Alisson Duarte, Gerente de projetos especialista, graduado pela Universidade Fumec no curso de Design Gráfico e pós-graduando no MBA – Gestão de Projetos pelo IETEC/MG.



Questionário

01. Para Cardoso (2011), atualmente o Design põe em ordem a bagunça do mundo industrial com o desafio de tornar os artefatos e produtos fabris mais atraentes e eficientes.
(  ) Certo
(  ) Errado
Justifique.

02. Vivemos um momento onde empresas como IBM, HP, Google, Océ e tantas outras compartilham um entendimento de que design e negócios não são uma atividade distinta. Os dirigentes destas empresas perceberam que a função do design, em um mundo complexo como o atual, pode oferecer soluções que vão além dos aspectos funcionais e estéticos. O design tem sido entendido cada vez mais pelas empresas de ponta e os gestores inovadores como ferramenta que impacta os negócios e que favorece a tomada de decisões.
De acordo com o texto acima, o autor sugere que o design desempenha qual outra função nas empresas, afinal?
Resposta:

03.De que forma a visão holística, o pensamento integrativo, a empatia, a curiosidade, a intuição, a inteligência emocional e social a matriz mental orientada e outros atributos característicos do designer podem indicar uma vantagem competitiva no mundo de gestão corporativa?
Resposta:

04. O pensamento sistêmico e integrativo do designer pode realmente ser transmitido para uma equipe de trabalho promovendo criatividade orientada para a solução de problemas?
Resposta:

05. Atividade de pesquisa:
O que representa o Design Thinking e Business Design no cenário da gestão de projetos?

Resposta:
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QUESTÃO 01 – DISCURSIVA
Na implementação do design de um produto, sistema ou ambiente, podem ser utilizados diferentes processos de produção.
Considerando esse contexto, faça o que se pede a seguir.
a) Defina um produto relacionado ao seu curso de Design e dois processos diferentes para sua produção. (2,0 pontos)
b) Descreva as implicações desses dois processos na configuração da forma do produto deles decorrentes. (4,0 pontos)
c) Descreva as implicações desses dois processos no custo do produto deles decorrentes. (4,0 pontos)

QUESTÃO 02 – DISCURSIVA
Existem certos comportamentos esperados pela maioria da população em resposta a determinada situação, que são chamados de estereótipos populares. Por exemplo, a luz verde está associada a movimento de avançar ou liberar um procedimento. Considere que
você esteja projetando um novo produto ou sistema e depare-se com uma situação em que o comportamento esperado dos usuários não é conhecido. Para descobrir esse comportamento esperado pela maioria da população, suponha que seja necessário fazer uma pesquisa experimental.
Considerando essas informações, dê um exemplo que ilustre uma situação em que uma pesquisa experimental como a descrita acima deva ser utilizada. No seu exemplo, aborde, necessariamente, os critérios que devem ser adotados na seleção dos sujeitos
(participantes) da amostra.

QUESTÃO 03 – DISCURSIVA
(BERNSER, Jens. Design: the problem comes first. Copenhagen: Danish Design Council, 1983, com adaptações.)
Esta frase, título do livro de Jens Bernsen, refere-se à importância da definição clara do problema como condição prévia para uma abordagem metodológica que vise uma boa solução de design. Nessa abordagem metodológica, o problema deve ficar claramente entendido antes da fase de concepção do produto. Deve-se atentar, ainda, para fatores mercadológicos e produtivos, entre outros. A respeito desses fatores, faça o que se pede a seguir.
a) Liste cinco elementos relacionados com o fator mercadológico que influem na solução de design. (5,0 pontos)
b) Liste cinco elementos relacionados com o fator produtivo que influem na solução de design. (5,0 pontos)

QUESTÃO 04 – DISCURSIVA
Um empresário bem-sucedido do setor imobiliário resolveu diversificar seus negócios, investindo no setor hoteleiro. Assim, comprou 20 pousadas situadas em pontos turísticos de diferentes regiões do país. Tendo em vista a grande diversidade das pousadas adquiridas — arquitetônica, de estilos, de ambientes e de serviços —, esse empresário resolveu investir em um programa de design corporativo.
Considerando a situação hipotética apresentada, faça o que se pede a seguir.
a) Descreva um dos benefícios visados pelo programa de design corporativo. (4,0 pontos)
b) Liste três projetos prioritários a serem desenvolvidos dentro do programa de design corporativo. (6,0 pontos)

QUESTÃO 05 – OBJETIVA
Os produtores nacionais de skates não conseguiam sucesso comercial, pois, apesar da boa qualidade dos seus shapes (pranchas), as rodas e trucks (suportes) eram de baixa qualidade, quando comparados com os importados. Com isto, para obter um produto com
bom desempenho, os jovens consumidores adquiriam as rodas e trucks importados e depois faziam a montagem nos shapes nacionais.
A partir dessa constatação, uma empresa nacional que produzia shapes optou pela contratação de um designer, que também era skateboarder, para desenvolver um novo produto (shape, rodas e trucks). Com isso, surgiu um produto e uma marca que fizeram
sucesso no mercado. (WOOD, Bruce et al. Design management review. v. 15, Boston Winter, 2004, Iss 1; p. 74-9, com adaptações.)
Com base no texto acima, é correto afirmar que a principal causa do sucesso do produto foi
A) a transferência de tecnologia estrangeira, melhorando o desempenho no mercado.
B) o investimento vultoso em design, propiciando um melhor desempenho mercadológico.
C) o desenvolvimento de um produto nacional com desempenho superior aos importados.
D) a aquisição de novas máquinas e equipamentos para melhoria de qualidade do produto.
E) a introdução de inovação a partir da observação do comportamento dos consumidores.

QUESTÃO 06 – OBJETIVA
Uma empresa tradicional do segmento de utensílios domésticos produzia artigos populares que eram vendidos a preços baixos.
Depois de algum tempo no mercado, ela começou a perder vendas devido à entrada de um competidor externo com preço menor. Na tentativa de manter-se no mercado, a empresa contratou um designer, que, após análise da situação, sugeriu que fosse feito um redesign de todos os produtos, aumentando-se a qualidade destes. No entanto, essa estratégia demandaria investimentos em novas máquinas, o que provocaria aumento dos preços.
Considerando a situação hipotética acima, analise as seguintes asserções.
Após o redesign, os produtos da empresa citada poderão ser vendidos a preços mais altos, possibilitando inclusive que a empresa atinja consumidores de melhor renda,
porque
o Design geralmente agrega valores aos produtos.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C) Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.
D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
E) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
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COMO O MERCADO DE DESIGN GRÁFICO ESTÁ SE ADAPTANDO À ATUALIDADE?
 14/05/2018 blog.revendakwg.com.br/

O mundo está cada vez mais acelerado e, com isso, mudanças bastante significativas impactam diversos setores de trabalho, principalmente o mercado de design. Ele necessita de profissionais que já sejam adaptados ou que se adaptem com rapidez a essas novidades. Muitas características que antes não eram tão importantes na hora de contratar um designer gráfico, agora passaram a ser primordiais, como atitudes empreendedoras, múltiplas habilidades, inteligência emocional e lógica.
Sendo assim, é muito importante saber quais são as mudanças no mercado de design e a importância das novas tendências. É isso que você confere neste post!

AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NO MERCADO DE DESIGN
A área de design, especificamente o design gráfico, está em evidência devido às novas demandas de trabalho, como as geradas pelas gráficas, pelas empresas que buscam ter uma boa imagem junto ao seu público e pelas mídias diversas.
O design e a arte estão sendo propostos como recursos capazes de transformar a economia, como a própria tecnologia, comunicação e ciência fizeram em séculos passados. Com isso, novos horizontes estão se abrindo para os designers. Entretanto, o que se espera deles também mudou, exigindo uma alteração em seus perfis.

COMO OS PROFISSIONAIS, CLIENTES E AGÊNCIAS MUDARAM E ESTÃO INSERIDOS NO CONTEXTO DE TRANSFORMAÇÃO DO MERCADO DE DESIGN.

PROFISSIONAIS
Claramente, se o mercado está mudando, os trabalhadores também precisam acompanhar essa evolução. Portanto, é necessário investir em outras especializações para continuar crescendo nessa área. Apostar em networking, ter um bom portfólio e entender como montar o próprio currículo de maneira que ele se destaque são algumas atitudes que fazem a diferença. Além disso, as vagas de emprego não estão concentradas somente em agências físicas. Uma boa forma de se adaptar às novas propostas é buscá-las na internet. Logo, ter uma presença online configura uma boa oportunidade.

CLIENTES
As mudanças não partem somente dos designers. Os clientes também estão exigindo novos elementos na hora de contratar um serviço.Eles buscam por profissionais que saibam como diagnosticar os seus problemas, consigam ter um relacionamento saudável e frequente durante o processo criativo e que o contratado entenda, mesmo que de modo geral, de negócios e de marketing.

AGÊNCIAS
As agências e as empresas também estão aderindo essas mudanças, com a procura de profissionais que tenham a capacidade de não só cumprir ordens, mas também de adotar atitudes empreendedoras e ter ideias criativas para o crescimento dos seus negócios.

A IMPORTÂNCIA DE SE ADAPTAR ÀS TRANSFORMAÇÕES
Até mesmo em momentos de instabilidade econômica, o mercado de design se mantém bastante aquecido, já que a conscientização de consumidores, agências e empresas sobre a importância dessa área e a demanda crescente por profissionais, garante o fluxo constante de empregos, tanto fixos quanto informais — como os de freelancer.
Nesse contexto, surgem, a todo vapor, as mudanças de mercado e a necessidade de se flexibilizar para lidar com o cenário. Sendo assim, quem consegue ser flexível, tem não somente mais chances de emprego, como também de perceber, com maior facilidade, as oportunidades e novidades.

ALGUMAS DAS NOVIDADES NO MUNDO DO DESIGN

DESIGN THINKING
O design thinking é uma abordagem que busca soluções para problemas de maneira colaborativa, envolvendo não só o desenvolvimento do produto final, mas também o levantamento de ideias e concepções. Portanto, o trabalho em equipe é comum nessa proposta.
Essa abordagem propõe a criatividade como uma competência, a fim de estimular a capacidade de inovação. Isso gera projetos com resultados mais assertivos.

DESIGN ESTRATÉGICO
O mais novo tipo de design é o estratégico. Suas práticas e ferramentas são incorporadas na gestão e na administração da empresa, colaborando no branding dela.
Um dos benefícios mais notórios desse campo é a diferenciação da concorrência, já que uma empresa com um trabalho inovador ganha destaque.

Portanto, entendendo as novas exigências do mercado de design e a sua importância, você tem em mãos o que é necessário para aprimorar o seu trabalho e ser referência para os clientes.
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10 desafios que o designer aprende a superar e prosseguir na carreira
por Pedro Miguel Martins
1. Falta de ideias e inspiração
Todo o designer ou criativo tem medo que se péla de lhe faltar a inspiração. Enfrentar o ecrã em branco pode ser bastante intimidatório, porém, com o decorrer do tempo, torna-se mais fácil, pois vai-se ganhando experiência, referências visuais e técnicas de trabalho. São humanos os designers e há dias em que lhes parece que não são capazes de produzir nada de novo e desejam ter escolhido outra profissão.

2. As pessoas não compreenderem a profissão
O design como profissão é relativamente recente, se comparado com outras atividades mais convencionais, e, ainda hoje, poucas pessoas compreendem o que faz um designer. Para uns, faz uns bonecos, para outros, é um entendido dos computadores, ou então um jeitoso que consegue manipular fotografias e dar às pessoas ar de modelo. É nesses momentos que deseja que a profissão fosse mais parecida com as convencionais: «Construo móveis», «arranjo carros», «vendo roupa», etc.

3. Lidar com clientes
Lidar com clientes não é fácil em nenhuma profissão. Especialmente porque nos ensinam desde pequenos que «o cliente tem sempre razão» e nós também utilizamos isto em nosso favor quando nos convém reclamar de algo. Mas no design é mais difícil, pois lidamos com a estética e com o gosto, et voilà estética e gosto são conceitos absolutamente subjetivos! O cliente que exige ao vendedor de automóveis que o seu carro seja verde alface, porque gosta muito dessa cor, é o mesmo que vai exigir ao designer que o logotipo da sua empresa tenha essa cor, mesmo que essa opção prejudique o negócio! E esta é a diferença: a cor errada num carro (hipoteticamente…) não traz consequências, mas num negócio pode ser fatal.

4. Subjetividade
Se é verdade que na arte a interpretação da obra pode ser subjetiva, no design esse conceito não deve ser levado em conta. Tudo o que se desenha tem um propósito, uma mensagem ou um objetivo. Assim, se não é corretamente interpretado, então é porque está mal representado. O mesmo se passa com o gosto. Se na arte o gosto é o de cada um, no design o gosto deve contar pouco, pois, uma vez mais, o importante é a mensagem e o impacto que têm sobre o público-alvo.

5. Maus briefings
São de perder a cabeça os maus briefings. O designer consome energia a interpretar, desenvolver e produzir a ideia para, no final, lhe dizerem que não era bem aquilo, embora tenha sido isso mesmo que pediram! Maus briefings acontecem também por culpa do designer, pois não soube dialogar com o cliente, interpretando o seu pedido nas entrelinhas ou olhando de forma mais atenta para as necessidades.

6. Revisões
Revisões e mais revisões. O mais difícil de aceitar é que, muitas vezes, as frases começam com «é isto mesmo que eu queria, mas…» e esse «mas» é o inferno na terra! Mudar a letra. A cor. A imagem. A cor outra vez. A letra de novo. E, no final, temos um trabalho ao estilo de Frankenstein de que o designer não se orgulha, nem corresponde às necessidades do cliente.

7. Negociar com clientes
Outro dos aspectos em que muitos designers sentem dificuldade é na hora de negociar com os seus clientes. Talvez porque paire sobre o designer um certo sentimento de medo de perder o cliente e o projeto e, por isso, se sujeite a receber menos do que merece e trabalhar mais do que estava contratado. Com a serenidade necessária, tem de aprender a dizer não quando o pedido extravasa o que foi combinado, ao mesmo tempo que tem de valorizar o seu trabalho.

8. Pessoas que acham que esta profissão é fácil
Não poucas vezes ouvimos dizer que, se soubessem mexer no Photoshop, também eram capazes de fazer o trabalho do designer. É verdade que a democratização da tecnologia criou essa ideia na população, mas está longe de estar correta. Esta é uma profissão que exige estudo – desde a história da arte, à tipografia, à estética, à geometria, etc – passando, claro está, por saber trabalhar corretamente com as ferramentas.

9. Os amadores
Um dos grandes problemas dos designers é que esta é uma profissão livre e não regulamentada, como, por exemplo, o é a profissão de advogado ou engenheiro. Assim, qualquer amador, sem estudos mas com algum talento, pode-se intitular designer, criando no mercado uma distorção da valia de um verdadeiro profissional.

10. Cobrar o valor justo
Se pesquisar no Google por «quanto cobrar por um logotipo» há precisamente 631 000 resultados, sendo que encontraremos desde quem cobre pouco ou nada aos que cobram uma fortuna. Por isso, compreendo a desconfiança de alguns clientes e por esse motivo é necessário um diálogo transparente sobre o método de valorização do trabalho: pode ser à hora, por preço fixo ou outro. O importante é que o profissional se sinta confortável com esse método e que ele reflita o valor do trabalho desenvolvido.

Há muitos outros desafios, dos quais estes são apenas uma pequena amostra. Mas mais do que lamentar, têm os designers de se aplicar para serem melhores profissionais a cada dia.


https://www.pedromartins.com/
Pedro Miguel Martins
Designer, trabalha na criação de websites com design de excelência. Com prática profissional em projetos on-line de grande dimensão e visibilidade com marcas conhecidas como a RFM, Rádio Renascença ou Nova School of Business and Economics




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