Teoria e Prática das Cores

Teoria e Prática da Cor
EMENTA
  • Desenvolver as competências necessárias para a análise, planejamento e execução de projetos referente à manipulação da cor à criação de identidade, na impressão no sentido de fornecer base para a criação de designs sofisticados e funcionais;
  • Analisar particularidades do design em seus diversos significados das cores a partir de variados contextos;
  • Reconhecer a compreensão do processo criativo e dos recursos das paletas monocromáticas e acromáticas;
  • Produzir pesquisa formal e experimental do design, encorajando a busca da atmosfera visual mais adequada à ideia ou sensação que pretende expressar. 
UNIDADE I
  • FENÔMENO DA LUZ 
  • A INTERAÇÃO DA LUZ COM A MATÉRIA 
  • O PAPEL DO SISTEMA VISUAL E TEMPERATURA DE COR 
  • A COR É O RESULTADO DE UM PROCESSO COMPLEXO QUE COMEÇA NO OLHO E 
  • TERMINA NO CÉREBRO
UNIDADE II
  • PSICODINÂMICA DAS CORES 
  • INFLUÊNCIA DAS CORES NAS ARTES 
  • INFLUÊNCIA DAS CORES NA PUBLICIDADE 
  • SENSAÇÕES VISUAIS ACROMÁTICAS E CROMÁTICAS 
  • PSICOLOGIA DAS CORES: FATORES QUE INFLUEM NAS ESCOLHAS DAS CORES 
  • COR, MEMÓRIA E COMUNICAÇÃO 
Teoria das Cores para colorir o Jardim Secreto

















COMO USAR O CÍRCULO DE CORES


Parte da Frente do Disco de Cores
Todos ao redor da borda, você encontra as cores primárias e secundárias.
No centro, há uma roda interior tem pequenas “janelas” que permitem ver que cor você obteria adicionando ou vermelho, amarelo, azul, branco, preto ou às cores na roda de cores.
A roda interior mostra os resultados da mistura de cores. Girando a roda interior você pode encontrar uma cor que é a mais próxima ao que você está tentando misturar, e aprender a misturar.
O disco tem também uma escala de cinza que permite que você verificar o valor de cada matiz, por exemplo, na parte superior vermelha foto compara muito bem com um valor 6.
Círculo de Cores Frontal

Parte da Trás do Disco de Cores
Você pode ver para cada cor a escala de cor pura, matiz, tom, e sombra.( pura, com branco, com cinza, com negro).
Além disso, no centro há um diagrama que mostra todos os esquemas de cores, e girando o seletor você pode ver combinações de cores que trabalham em conjunto para cada esquema de cores.

ESQUEMA DE CORES - CORES USADAS
Monocromáticas - Uma cor e seus matizes e tons.
Complementares - As cores que estão próximas uma da outra na roda da cor.
Dividir Complementar - Uma cor e, em seguida, duas cores em cada lado do seu complemento.
Triádica - Três cores que são igualmente espaçados em torno da roda de cores.
Tetrádica - Quatro cores que são dois conjuntos de complementos.


Disco de Cor Cecor - R$22,90

Loja Vila Mariana fones: 11 5571-9015 / 5080-5800
R. Humberto I, 1012 - Vila Mariana - São Paulo/SP - CEP 04018-033
De 2ª a 6ª Feira das 07h00min ás 20h00min aos Sábados das 08:00 às 18h00min.
http://www.papelariauniversitaria.com.br/disco-de-cor-cecor-uso-geral.html











Teoria das cores from Profª Aline Okumura






SIGNIFICADO DAS CORES NO DESIGN DE INTERIORES
Qual cor usa em ambiente?
INICIAÇÃO PROFISSIONAL
22/04/2013 por Colunista Portal - Educação
Branco - O branco reflete paz, pureza, calma, inocência e dignidade. É uma cor suave, e tem o poder de tornar um ambiente pequeno visualmente maior. Por ser composto por todas as cores o branco reflete a luz, e é uma alternativa excelente para ambientes com pouca luminosidade. Em Design de Interiores, a cor branca compõe ambientes sofisticados, iluminados e vivos. O branco possui ainda a grande vantagem de realçar todas as outras cores associadas a ela. Uma grande tendência hoje para quem deseja inovar, mas sem ousar tanto são os tons off-white, ou seja, o branco com um leve toque de outros pigmentos. Uma vantagem observada em relação ao off-white é que esse tipo de tonalidade branca controla significativamente a claridade dos ambientes. Por exemplo, caso alguém não abra mão do branco, mas esteja enfrentando um problema de ofuscamento (ou claridade em excesso), os off-white podem ser a solução para esse problema.

Preto - Essa cor, se utilizada de forma coerente, é ideal para compor ambientes nobres, luxuosos e clássicos. A cor preta pode até tornar-se alegre e expressiva, e quando combinada corretamente com outras cores pode até realçá-las. Não há muito tempo que os Designers “descobriram” que a cor preta responde muito bem aos ambientes de trabalho, comerciais e até mesmo residenciais, quando modernos e sofisticados. Não é à toa que o preto em Design de Interiores remete a poder, responsabilidade e imponência.
Cinza - Por ser uma cor neutra, o cinza quando usado sozinho remete a tristeza, angústia e desânimo. Porém, o cinza possui o poder de realçar com perfeição as outras cores. Responde muito bem quando combinado com cores fortes e vibrantes, como o roxo, o verde e o amarelo limão. Essas combinações e tantas outras harmonias com o cinza remetem a sabedoria, requinte e sensatez.
Vermelho - O vermelho é uma das cores mais ecléticas e vibrantes em harmonia de interiores. Força, vitalidade, sensualidade, paixão e calor são o que o vermelho representa. Em móveis e objetos, o vermelho possui o poder de realçar formas, e isso se deve ao fato de ser uma cor com muita força e peso visual. O “queridinho” de ambientes ousados, o vermelho faz sucesso em ambientes comerciais como bares e restaurantes, pois é capaz de estimular o apetite e criar ambientes extremamente aconchegantes. Em ambientes residenciais o vermelho também faz sucesso. Usado nos quartos certamente vai torná-los mais estimulantes. Em salas, pode ser combinado com outros tons neutros, como os brancos, beges e cinzas. Alguns aspectos favoráveis que o vermelho sugere são a motivação e o estímulo, posto que essa cor estimula a vitalidade e energia e é um convite à atividade, atenuando a inércia, a melancolia e a tristeza. Quer um ambiente alegre e moderno? Aposte no vermelho! Mas cuidado ao escolher o tom do vermelho. Há vermelhos nobres e intensos, enquanto outras tonalidades mais “abertas” podem aludir à indecência, vulgaridade e falta de polidez em certas ocasiões. O vermelho provoca reações físicas nas pessoas, e por isso mesmo deve ser utilizado com cuidado. Raiva, brutalidade, crueldade, rancor, revolta e desconforto intenso podem ser algumas possíveis reações.
Laranja - Quase tão vibrante quanto o vermelho, os tons laranja exalam prazer, êxtase, luminosidade, e lembram o próprio flamejar do fogo. Representa o calor, luz, festa e euforia. Por esse motivo é uma cor excelente para ambientes comerciais, tais como lojas despojadas, lanchonetes e restaurantes.
O laranja promove a criatividade, conforto, alegria e expressividade. Comunicação, movimento e iniciativa geralmente são elementos dessa cor, posto que o laranja energiza o corpo e ajuda nos processos de assimilação e distribuição. Por promover toda essa energia, o laranja não é adequado para pessoas facilmente irritáveis ou estressadas.
Amarelo - Associada à própria luz solar, o amarelo representa a energia, alegria, verão, é a cor da luz, a cor mais luminosa do circulo cromático. Assim como o vermelho, o amarelo possui a capacidade de realçar as formas de objetos e móveis em um ambiente, devido à sua grande capacidade de expansão. O uso dessa cor em halls, corredores e lugares com pouca iluminação é interessante, pois além de iluminar, o amarelo também propicia a sensação de expansão do espaço. Essa cor é associada ao intelecto, às ideias e à inquirição mental, e não é a toa que muitos adotam o amarelo para “fazer as vezes” em seu escritório particular. Apesar de vibrante, o amarelo é capaz de transmitir sensações variadas de bem-estar, esperança e o sentimento de que tudo correrá bem. Outras sensações obtidas pelo amarelo estão relacionadas ao brilho, jovialidade e alegria.
Verde - O verde é uma cor muito bem-vinda a ambientes e regiões quentes. Essa cor reflete frescor, calma, serenidade, estabilidade, saúde e bem estar. Com facilidade os ambientes em tons verdes promovem o equilíbrio mental, a harmonia, e sensação de repouso e relaxamento. Essa cor atenua as emoções, facilita o raciocínio correto e amplia a consciência e compreensão. O verde é a própria imagem da segurança, proteção e aconchego que muitos almejam criar em um ambiente.
Azul - O azul remete ao frio, ao mar, ao céu, e produz sentimentos como a paz, a serenidade e harmonia. Assim como o verde, o azul transmite frescor e serenidade, porém com um dinamismo maior que o verde. O azul transmite confiança, respeito, tranquilidade e sofisticação e por fazer parte do espectro frio, por sua quietude e confiança, promove a devoção e a fé. O azul é uma cor popular associada ao dever, à beleza e à habilidade.
Roxo / Violeta - Tonalidades roxas, violetas e lilases são a figura clara de fantasia, mistério, espiritualidade, sonho, misticismo e ao mesmo tempo, delicadeza. Dependendo da tonalidade, pode criar também ambientes calmos e serenos. Dons artísticos, tolerância e consideração estão associados às cores, roxa e violeta.
Bege - Os tons beges (ou pastéis) são o grande coringa dos projetos de Design de Interiores. Usado para equilibrar e também compor com maestria, os tons neutros como beges e crus sempre são bem-vindos em composições sóbrias e clássicas, e jamais saem de moda. Uma grande vantagem dos tons neutros também é que dificilmente alguém irá “enjoar” de um projeto com esses tons. Beleza, nobreza, sofisticação e tradição são algumas sensações transmitidas por essa cor admirável.
Marrom - Assim como as matizes beges, o marrom proporciona a sensação de que tudo é permanente, sólido e seguro. É a cor da estabilidade, principalmente quando usada nos móveis e adereços. A cor marrom também aceita combinações com cores opostas e contrastantes.
Rosa / Pink / Magenta - Tons rosa, desde os mais claros aos mais intensos, jamais passam despercebidos em uma composição de design. Há muito tempo rotulada como uma cor estritamente feminina e delicada, os tons rosa, pink e magenta ganharam forças no mundo do design, graças a descobertas de novas combinações e usos. Independente do tom, os rosados expressam delicadeza, afetividade, calor e energia. Rosas amarelados (conhecidos como “rosa antigo”) entram na categoria de tons pastéis, e figuram muito bem ao lado de tons escuros e pesados, como o azul marinho ou marrom café. Rosas derivados da simples mistura de branco com vermelho são clássicos na decoração de quartos de meninas. Se misturado a outras cores, como o verde cítrico, por exemplo, traz um ar de alegria e frescor, e ainda sai da linha do monótono e previsível. Já os tons pink e magenta são dramáticos, modernos e estimulam as pessoas, e em empreendimentos comercias, eleva as vibrações. O pink e o magenta também são bem-vindos em ambientes residenciais e, quando combinado com móveis mais modernos, deixam o ambiente com ar ousado e sofisticado. Adapta-se muito bem com toques de preto, que traz muito glamour à composição.
____________________________________________________

ASPECTOS FÍSICOS DA COR

O texto retrata um breve histórico das descobertas acerca da produção dos fenômenos coloridos, particularmente a decomposição da luz branca em cores espectrais (experiência de Newton  e o problema da cor dos corpos);

Grandezas que caracterizam a luz e sua transmissão:
Energéticas – podem ser avaliadas em função da energia transportada pela luz
Sensoriais – dependem dos fatores fisiológicos e psicológicos
Fotométricas ou colorimétricas – são as que podem determinar em condições convenientemente precisas, um olho médio convencional.

Aparecimento da cor em função da luz – Evolução do pensamento físico
O mistério da criação, as investigações da natureza, sempre exerceram grande fascínio sobre o homem ao longo da história da humanidade. Os enigmas da luz e da cor, experiências sensoriais mais ricas, presentes no Universo, desafiaram grandes mentes da história que, entre o dualismo das ordens de ideias da ciência e da fé, foram sendo esclarecidos.
A  luz  (e  a  cor  que  a  acompanha)  é  um  fenômeno  primordial, onipresente.  A  cor  está  em  toda  parte,  ela  interessa  a  todos.  Sempre  ela  é motivo de um debate de físicos, fisiologistas, médicos, psicólogos, sociólogos, industriais, artistas,....
Uma coisa é certa: onde há cor, há vida.
As perguntas: o que é a luz?; de que maneira e com que velocidade se propaga?; como  é  produzida  e  percebida?;  por  que  razão  os  objetos apresentam  cores  diferentes?,  foram  sendo  respondidas  no  decorrer  do desenvolvimento da ciência, por meio de teorias acerca da natureza da luz, da cor e do processo de visão.
Os primeiros relatos documentados sobre conhecimento científico de natureza qualitativa, para a explicação dos fenômenos naturais, envolvem argumentos filosóficos e datam do período  grego,  admitindo  que  o conhecimento  da  realidade  que  nos  cerca  se  faz  através  dos  sentidos,  por informações sucessivas, principalmente as visuais, como luzes e cores.
Aristóteles foi o primeiro a investigar o fenômeno das cores, e concluiu que a matéria orgânica é a responsável pela geração da cor. Acreditava que as cores eram fruto da mistura do branco com o preto.
Para ele, o objeto em si não possui a cor, apenas assume um aspecto colorido que pode ser alterado por determinados fatores, como o sol, fumaça ou neblina.
Partindo da  certeza  de  que  a  luz  participava  do  processo  da  visão, perguntava Platão: “Como os deuses encarregados da composição dos corpos mortais  fabricaram  os  olhos?  O funcionamento  do  olho,  o  processo  da percepção visual eram enigmas fascinantes para o homem, que buscava decifrá-los com teorias, algumas das quais partiam do princípio de que a visão dependia das coisas, e outras, de que a visão dependia de nossos olhos.
No  séc. V a.C.  Leucipo  e  Demócrito  acreditavam  que  o  olho  era constituído de átomos d’água que, como um espelho, refletia átomos de fogo(luz) emitidos pelos objetos luminosos ou iluminados que pairavam soltos no ar.
Epicuro afirmava que a superfície das coisas emitia representações dessas mesmas coisas que voejavam pelos ares, ou seja, clones formados de matéria sutilíssima invadiam o olho, levados pelos raios luminosos do sol, das estrelas, da lua e impressionavam a retina causando as imagens, as cores. O olho, bastando estar aberto, acolhia as imagens passivamente.
Esta  teoria  ficou  conhecida  como  “Teoria  Perceptiva”.  Surge  a “Teoria Emissiva”, que contrariava a anterior, defendida pelos pitagóricos, platônicos e neoplatônicos, onde o olho, como um farol, emitia raios luminosos que se propagavam no espaço atingindo os objetos. Deste choque surgia, então, a sensação visual.
Segundo Platão, é o fogo que provoca a claridade, o brilho. Definia as cores como “uma espécie de chama que escapa dos corpos e cujas partes, se unindo simetricamente com os olhos produzem a sensação.
Aristóteles em sua lógica questionava: 
“Se os olhos fossem meros espelhos, como explicar que, entre os demais espelhos, sejam os únicos que veem? Se a visão resultasse da luz emitida pelos olhos, como explicar que não tenham poder para ver na escuridão?”.
Aliando as duas teorias concluiu que o olho tem a capacidade para ver, mas que depende para isto da luz e que a luz depende do meio para sua propagação, o translúcido (água, ar, éter).
Na Idade Média pouco se falou sobre luz e cor. As artes e o pensamento foram sufocados  sob  as  trevas  medievais.  “A  sabedoria  do  passado  foi esquecida, condenada pela Igreja como paganismo, a raiz de todo mal”. Como as tentações da carne dependem dos cinco sentidos conduzindo os homens à danação eterna, todo conhecimento adquirido por meio dos sentidos, como o estudo da natureza, era considerado uma perversão à moral e à virtude cristã, levando à corrupção da alma. As respostas para todas as indagações da época eram encontradas na Bíblia e a Igreja transformou-se em símbolo de civilização e ordem  social,  diante  da  desordem  e  decadência  moral  que  enfraquecia  o Império Romano.
Na Renascença,  Leon  Batista  Alberti,  teórico  das  artes  visuais, procurou expor os princípios do estudo da cor elaborados na Antiguidade por Plínio, de modo claro e ordenado, para facilitar a sua compreensão.
Plínio considerava  3  cores  principais:  o  vermelho  vivo,  a  cor  da ametista e a cor conchífera (proveniente de moluscos), que são bem próximas das cores que a física moderna considera como básicas. Seus conceitos foram aprofundados, posteriormente, por Leonardo da Vinci.
Da Vinci aplicou seu excepcional intelecto à ciência da visão, da core da luz. Imerso em suas sensações visuais, refletidas em suas pinturas como primeira verdade de todas as coisas, deslumbrou-se com o milagre da visão:
“Não vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro? ...É a janela do corpo humano, por  onde  a  alma  especula  e  frui  a  beleza  do  mundo,  aceitando  a prisão  do  corpo  que,  sem  esse  poder,  seria  um  tormento....  O admirável necessidade!  Quem acreditaria  que  um  espaço  tão  reduzido  seria  capaz  de absorver as imagens do universo”.
O olho humano inventava, conquistava e era considerado por ele como “o senhor da astronomia, autor da cosmografia, conselheiro e corretor de todas as artes humanas.... É o príncipe das matemáticas”

TEORIA DAS CORES DE LEONARDO DA VINCI
Formulações  teóricas  esparsas  contidas  em  seus  escritos,  reunidas postumamente  no  Livro:  TRATADO  DA  PINTURA  E  DA  PAISAGEM–SOMBRA  E  LUZ,  que  se  dirigiam  aos  pintores  da  época,  embora  suas investigações no campo da cor já estivessem relacionadas à ótica, à física, à química e à fisiologia.

“Chamo cores simples, àquelas que não podem ser feitas pela mescla de outras cores (...). O branco, ........ o pintor não poderia privar-se dele, e por isso, o colocamos em primeiro lugar. O amarelo, o verde, o azul, o vermelho e o preto, vem em continuação”. Insistia na inclusão do branco e do preto na escala, como única maneira de se poder revelar a característica do valor da cor, expressa em grau de luminosidade. Com relação aos elementos naturais, diria: “O branco equivale à luz, sem a qual nenhuma cor é perceptível; o amarelo representa a terra; o verde a água; o azul o ar; o vermelho o fogo e o preto as trevas”. Leonardo foi o primeiro a demonstrar da forma experimental, que o branco é composto pelas demais cores, e afirmava: “O branco não é uma cor, mas o composto de todas as cores”.

Descartes definiu a luz como “uma forma de pressão propagando-se através do plenum material” e as cores como “sensações que Deus excita em nós, segundo os diversos movimentos que levam esta matéria a nossos órgãos”.
Em 1678, Huygens descobre a polarização da luz.
Em 1801, Thomas Young se interessou pelo estudo do processo da visão cromática. Concluiu que “o olho humano apresenta na retina 3 tipos de células, cada uma delas responsável pela visão de uma cor primária (vermelho, verde, azul), e pela combinação delas, podiam ser produzidas todas as outras cores, inclusive o  branco“.  Denominaram de “TEORIA DA VISÃO TRICROMÁTICA”.
HERING, discordando dessa teoria, diz que a retina teria os 3 tipos de células, sendo cada uma delas responsável por um par: vermelho-verde, azul-amarelo, preto e branco.
Newton  com  os  experimentos  do  disco  e  dos  prismas  opostos, demonstrou a síntese da luz, concluindo que a luz branca nada mais era do que o produto da superposição das sete cores do arco-íris.

TEORIA DAS CORES DE LEONARDO DA VINCI
John Dalton percebeu, ainda jovem, sua cegueira por algumas cores. Em 1798, relatou que ele e seus irmãos podiam distinguir no máximo 3 cores: amarelo, azul e violeta.  Pesquisou este fenômeno visual, que passou  a  ser conhecido como daltonismo.
Em 1820, Johann Wolfgang Goethe nota em seu TRATADO DAS CORES: “Em geral, os humanos experimentam um grande bem-estar à vista da cor.  O olho tem necessidade dela, como ele tem necessidade da luz. Lembremos o reconforto sentido quando, depois de um dia cinza, o sol vem brilhar em um ponto da paisagem e torna as cores visíveis...”
Segundo sua teoria, existiam 6 cores primárias – amarelo, verde, azul, violeta, vermelho e laranja – que eram vistas sob as condições naturais da luz do dia. A cor era composta de luminosidade ou sombra. Não admitia a ideia da luz ser uma composição de cores Sua teoria não tinha o amparo da física, suscitando uma grande oposição.
Considerava a cor como um efeito, que embora dependente da luz, não era a própria luz. E assentava sua teoria sobre a existência de 3 tipos decores: “as cores primeiramente como algo que faz parte da vista, são o resultado de uma ação e reação da mesma; em segundo lugar, como fenômeno concomitante ou derivado de meios incolores e, finalmente, como algo que poderíamos imaginar como parte integrante dos objetos. As primeiras denominamos fisiológicas, as segundas físicas e as terceiras químicas.
Demonstrando que as cores fisiológicas são produzidas pelo órgão visual, sob ação de uma excitação mecânica, ou como forma de equilíbrio e compensação cromática e influenciadas pela ação do cérebro, Goethe fez avançar a caracterização da cor como sensação que se transforma em percepção.
Contrariava Newton, porque não admitia que a luz branca fosse formada pelas diferentes luzes coloridas do espectro.
Historicamente, seu maior mérito reside em ter percebido as questões essenciais que abririam caminho às pesquisas, realizando o mais especulativo dos trabalhos escritos até hoje sobre a utilização estética da cor, destacando a influência dos elementos da física, química, filosofia, fisiologia e psicologia, enquanto que a teoria de Newton tratou apenas a cor como fenômeno físico.
DECORAÇÃO E DESIGN DE INTERIORES
TEORIA DA COR (1ª Parte)
Ana Maria Rambauske

Os gregos foram os primeiros a preocuparem-se com o estudo das cores. Mas os homens pré-históricos já se preocupavam em colorir seus desenhos nas cavernas (pinturas rupestres) e, para isso, copiavam as cores da natureza.
Mas de onde vêm as cores? Só conseguimos enxergar as cores por causa da luz. A luz do sol, que percebemos como branca, é na verdade composta por sete cores: as cores do arco-íris, aquele que vemos no céu quando há sol e chuva ao mesmo tempo. Quando a luz do sol ilumina uma flor vermelha, significa que esta flor tem pigmentação vermelha. Isso quer dizer que a superfície dela absorve todas as outras cores da luz do sol, transforma-as em calor e reflete para os nossos olhos só a luz vermelha. Quer ver como isso é verdade? O preto absorve todas as sete cores e transforma-as em calor. Isso quer dizer que quando saímos com uma roupa preta em um dia de sol, sentimos muito calor! A cor branca reflete toda luz. Foi Isaac Newton (1642-1727), um cientista inglês, quem descobriu isso tudo, quando decompôs a luz do sol com um prisma de cristal. Newton se preocupou com o estudo da luz
As 7 Cores do Arco-Íris
Seu nome provém da mitologia grega, onde Íris era uma deusa que exercia a função de arauto divino. Em sua tarefa de mensageira, a deusa deixava um rastro multicolorido ao atravessar os céus. Um arco-íris (também popularmente denominado arco-da-velha) é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta. No entanto, a grande maioria das pessoas consegue discernir apenas seis cores, e o próprio Newton viu apenas cinco cores, e adicionou mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais.
As 7 Características Aparentes das Cores
  1. Dimensão: dependendo da cor utilizada, você pode ter a sensação de um ambiente mais espaçoso ou um ambiente menor.
  2. Peso: as cores podem tornar, aparentemente, objetos mais pesados ou mais leves.
  3. Iluminação: basicamente absorver uma parte da luz que recebe e acaba refletindo a outra
  4. Temperatura: inconscientemente, podem imprimir a ideia de quente e frio
  5. Simbolismo: representam um simbolismo totalmente subjetivo, para você pode representar uma coisa que varia de acordo com suas vivências.
  6. Emoção: as cores desempenham um papel direto no nosso psiquismo, visto que, a partir delas podemos ativar sentimento e expressões.dia cinzento
  7. Recordação: muito ligado à emoção, a cor pode te remeter a um experiência vivida ou a um momento específico de sua vida.




Circulo cromatico de João Rafael Lopes



Ondas eletromagnéticas
por Mariane Mendes Teixeira em Mundo Educação
As ondas eletromagnéticas são formadas pela combinação de campos elétricos e magnéticos. Elas foram descritas por um conjunto de equações formulado por James C. Maxwell.
As ondas eletromagnéticas são resultados das combinações de campos elétricos com campos magnéticos. Foi graças à descoberta das propriedades dessas ondas que hoje em dia podemos ouvir músicas ou notícias nos rádios, assistir a programas de TV, aquecer alimentos no micro-ondas, acessar à internet e mais uma infinidade de coisas.
Foi o físico escocês James C. Maxwell, no séc. XIX, o primeiro a demonstrar que a oscilação de uma carga elétrica dá origem a campos magnéticos. Estes, por sua vez, dão origem a campos elétricos, assim como a variação de fluxo de campos elétricos dá origem a campos magnéticos. Essa interação é responsável pelo surgimento das ondas eletromagnéticas.
Maxwell partiu das Leis de Ampere, Faraday e Coulomb para relacionar diversas equações que atualmente são conhecidas como equações de Maxwell. Essas equações permitiram que ele fizesse a previsão da existência das ondas eletromagnéticas. A confirmação da existência dessas ondas foi feita apenas depois de nove anos pelo físico alemão Heinrich Hertz, que conseguiu obter ondas eletromagnéticas com todas as características já descritas por Mawell, que morreu antes de ver a confirmação das suas teorias.
Uma das principais contribuições de Maxwell foi a de que a velocidade das ondas eletromagnéticas no vácuo era igual a 3.108 m/s, que era a mesma velocidade já obtida para a propagação da luz. Essa descoberta fez com que Maxwell suspeitasse que a luz era um tipo de onda eletromagnética, o que foi confirmado por Hertz alguns anos mais tarde.
Uma evidência de que a luz é uma onda eletromagnética é o fato de a luz do sol chegar até a Terra apesar da longa distância e da inexistência de um meio material no espaço de propagação.
Em face de todas as suas contribuições, Maxwell é considerado tão importante para o eletromagnetismo como Isaac Newton é para a mecânica.

Características das ondas eletromagnéticas
As características das ondas eletromagnéticas são as seguintes:
  • São formadas pela combinação de campos elétricos e magnéticos variáveis;
  • O campo elétrico e o campo magnético são perpendiculares;
  • O campo elétrico e o magnético são perpendiculares à direção de propagação, o que significa que são ondas transversais;
  • A velocidade de propagação dessas ondas no vácuo é c = 3 . 108 m/s;
  • Ao propagar em meios materiais, a velocidade obtida é menor do que quando a propagação ocorre no vácuo.
Espectro eletromagnético
O espectro eletromagnético é onde estão representadas as faixas de frequências ou comprimentos de ondas que caracterizam os diversos tipos de ondas eletromagnéticas, como a luz visível, as micro-ondas, as ondas de rádio, radiação infravermelha, radiação ultravioleta, raios x e raios gama.
O espectro eletromagnético representa os comprimentos dos diversos tipos de ondas eletromagnéticas
Todas essas ondas propagam-se à mesma velocidade quando estão no vácuo.
O comprimento de uma onda eletromagnética é que determina seu comportamento. Ondas de alta frequência são curtas, e as de baixa frequência são longas. Se a onda interage com uma única partícula ou molécula, seu comportamento depende da quantidade de fótons que ela carrega.


DESIGN on the ROCKS

Há algumas semanas, o empresário de 32 anos, Daniel Nogueira, entrou em contato com a gente para confessar que é criativo.
Dono de uma agência de publicidade e marketing digital, Daniel não é designer nem arquiteto, mas aprendeu a planejar bem o espaço de seu escritório e resolveu por a mão na massa. “A sala é relativamente pequena, possui 45m2. Então o primeiro passo era distribuir tudo que eu precisaria inicialmente naquele espaço enxuto”, como contou pra gente em sua carta (leia mais no fim do post). E foi assim que ele começou a encaixar as ideias que tinha naquele espaço disponível.


Munido de sua criatividade e inspiração, o empresário botou a mão na massa e decorou sua empresa. Veja como ficou:






O projeto final foi pensado principalmente no melhor custo-benefício, então muitas coisas foram instaladas por ele mesmo, como o papel de parede e o carrinho na parede, logo na entrada, que foi comprado inteiro na internet e, depois de cortado por um serralheiro, ele mesmo pintou.
Ele nos escreveu essa carta, que segue como inspiração para quem curte se arriscar a fazer por conta própria.

São Paulo, SP - 17/02/2016
por Daniel A. Nogueira - 32 Anos, Empresário.
Fundador e CEO da Agência Feeshop, localizada em Santana, São Paulo.
Agência de Publicidade e Comunicação Digital
Histórico do projeto
Apesar de fundada em 2008, a agência só ganhou uma sede em 2014. Quando, após muita procura, encontrei a sala que se adequava as minhas necessidades na época. Antes, cada colaborador trabalhava como freelancer em suas residências, e inclusive eu trabalhava em home office. Um certo dia, decidi que eu iria sair da “informalidade” e assumir riscos, como locar uma sala comercial, efetivar por CLT os colaboradores e tudo mais. A grande questão é que eu não tinha nenhuma reserva financeira para tal, e não fazia ideia de como iria conseguir. 

Propósito
Porém, determinado a crescer, paralelamente à procura do imóvel, continuava otimista na captação de novos clientes (e maiores). Após encontrar o imóvel ideal, cujos custos não eram assustadores, tratei logo de assinar o contrato. Uma semana depois, para minha surpresa, fechei um novo cliente, o qual era equivalente ao valor do aluguel por pelo menos 2 anos. Então fui em frente e comecei a pensar na reforma.
A sala é relativamente pequena, possui 45 m². Então o primeiro passo era distribuir tudo que eu precisaria inicialmente naquele espaço enxuto. No caso, 1 sala de reunião, pelo menos 5 estacoes de trabalho, 1 mesa para mim, a recepção, 1 mini copa e o Banheiro. 

Início do projeto
Comecei marcando o chão com fita crepe para testar os espaços e na sequência vieram os orçamentos. Primeiramente dos vidros que formariam a sala de reunião. O restante dos ambientes seriam todos abertos.
A escolha pelo vidro foi para evitar que o espaço parecesse ainda menor. E também para permitir a visão total da agência, além do ar elegante que ele proporciona. O piso de toda a sala já estava com carpete, então, decidi manter o mesmo apenas na sala de reunião e na minha sala. Desta forma eu economizaria no piso laminado, que foi colocado no restante. 

Cores e iluminação
A cor amarela, predominante no ambiente, é oriunda da identidade da marca. Foi aí que começaram os desafios de como usar e ousar no amarelo, mas sem pesar demais. Na época, não haviam muitas referências na internet de ambientes decorados com amarelo tão predominantemente. Então confesso que fiquei muito inseguro de como ficaria o resultado final, lembrando eu não obtive ajuda de nenhum profissional de arquitetura para me orientar. Quando encomendei o armário com portas amarelas ao marceneiro, ele questionou se eu tinha certeza pois ninguém usava aquela cor. Eu tive que respirar fundo e seguir em frente, confiar no que estava na minha cabeça.
Foi neste armário que eu escondi a “mini copa”, feita totalmente sob medida e improvisei uma iluminação de led para a pia que acende quando a porta é aberta. Harmonizar cada coisa é um grande desafio, decidir a cor das paredes, a cor das luminárias, os objetos de decoração e tudo mais.

Acabamento
Conforme eu ia fazendo as escolhas, tudo ia se encaixando. Optei por não colocar um forro de gesso, e deixar a tubulação de fios aparente no teto e na parede, apenas pintamos os tubos de amarelo. Sites e blogs, como o DESIGN on the ROCKS, sempre fazem parte das minhas inspirações diárias e com certeza influenciaram muito no desenvolvimento das minhas ideias e principalmente na coragem para ousar.

Um comentário: